Amar Demais... Um Erro!

Amar Demais... Um Erro!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Será que é amor? Será que ele ou ela me ama?

Temos dificuldade em separar carência momentânea de sentimentos verdadeiros… Descubra aqui se é amor de verdade e se a pessoa com quem está realmente te ama ou só esta brincando com seus sentimentos
Vinte e quatro horas por dia nos ouvimos a frase: – Eu te amo; de todos os lados, de pai para filho, de filho para pai; de amigos para outros amigos; de homem para Deus; de homem para mulher e por ai vai.
Mas será que sabemos mesmo amar?
Existem diversos tipos de amor: Paterno, materno, fraterno, entre amigos, por animais, por objetos… Mas quero falar hoje apenas sobre um amor, o amor de um homem para com uma mulher.
Se pararmos para observar os adolescentes, veremos que eles se apaixonam e desapaixonam numa velocidade incrível e com uma facilidade enorme todos os dias eles estão apaixonados e dizendo que amam aquela pessoa e que não viverão mais sem ela.
Já quando voltamos os olhos para um relacionamento “adulto” vemos que 90% deles,se vêem na obrigação de amar, isso mesmo muitos que se dizem adultos se vêem na obrigação de estar com alguém ou dizendo que estão amando assim como os adolescentes. Cobranças e mais cobranças vem de todos os lados, inclusive consigo mesmo.
Mas é necessário que entendamos uma coisa, amor não se procura, não se provoca ou se obriga a sentir; Amor apenas se é sentido…
Quando e como saber se é amor?
Você precisa ter em mente três coisas básicas para definir se o que sente é mesmo amor, ou apenas um sentimento passageiro.
Amor tudo suporta: Quem ama cede, suporta ouvir o que o outro tem a dizer, suporta as diferenças de opiniões e de formas de viver de cada um, convive com defeitos sem deixar que esses “problemas” sejam maior que o sentimentos que os une.
Amor tudo crê: Quem ama acredita! Acredita que pode mudar a si mesmo e que vai dar tudo certo. Que vão ser felizes, que a pessoa é o homem ou a mulher da sua vida! Quem ama vê um futuro promissor ao lado da pessoa amada.
Amor tudo espera: Uma das coisas mais difíceis nos seres humanos é fazê-los esperar… Ter a paciência de deixar as coisas fluírem, acontecer, sem precipitações, sem anciedade, talves esse seja o mais complicado. Temos que entender que nada muda do dia para noite, as pessoas precisam de tempo para se adaptar a outras pessoas e as novas situações. Quem ama realmente sabe esperar o tempo do outro, compreende e ajuda para que tudo aconteça no seu tempo.
Se você consegue suportar, acredita e espera o que for preciso para que essa relação flua… Então mergulhe de cabeça porque você está AMANDO!
É AMOR!!!
Mas se você acha que ainda não encontrou seu grande amor, não se preocupe, ainda não chegou o seu tempo de amar, mais pode se apaixonar quantas vezes quiser.
Vá a luta!!! O mais importante é ser feliz!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Seu(a) companheiro(a) precisa de liberdade,Não o sufoque!

Tudo tem que ter medida exata na vida. O bolo, a pizza, o sapato, a dieta, e também um sentimento.
Ciúme é bom, serve como uma apimentada na relação para variar, mas com exagero vira doença e o gato pula fora.
Ninguém gosta de ser sufocado, de se sentir vigiado o tempo inteiro, de ser cobrado porque olhou para o lado, porque olhou para uma coisa e você pensou que fosse alguém.
As pessoas obsessivas têm facilidade para sufocar alguém, porque não se contentam em terem um relacionamento estável, bom, tranquilo, preferem as tempestades constantes, até o dia que tudo vira contra e elas ficam sem seu companheiro.
Criar coisas na cabeça sem motivo, não deixar o namorado sair para jogar bola com os amigos, controlar o telefone porque você acha que era uma mulher ligando, imaginar que ele pode estar te traindo toda hora e inventar fakes em msn, orkut, facebook, não é apenas sinal de insegurança e sim que você precisa de uma terapia.
Um psicólogo te dará a estrutura certa para desvendar onde está seus medos e fragilidades para agir desta forma o tempo inteiro.
Analise bem o seu comportamento, sempre que perceber exageros não hesite,  corra para o psicólogo porque a pior coisa do mundo é sufocar alguém. Se não quiser perder o namorado, marido, amante saiba administrar seu ciúme e não se torne uma escrava dele.
Você não quer que chegue o dia que seu amor te diga que não da mais porque você o sufoca, não o deixa viver, vive desconfiada sem motivos e procurando agulha em palheiro não é?
Aqui falamos da vida real, mas quem disse que no mundo virtual você também não pode ser sufocado?
Um exemplo é o jogo second life onde temos a oportunidade de viver uma segunda vida totalmente diferente do que temos em nossa RL(real life).
Por esses motivos as pessoas que jogam o SL(second life) preferem viver livres , lá podem brincar, namorar, falar , dançar entre outros adjetivos com quem quiser sem ter que da satisfação ou prestar contas de sua vida a ninguém.
Mas ai onde mora o perigo e muitas pessoas se tornam chatas, perversas e sem nenhum pouco de amor próprio, acabam se envolvendo com pessoas que não entendem o fundamento do jogo, se relacionam e acham são donos dos avatares.
Assim como na vida real , no second life as pessoas também precisam de liberdade afinal de contas entramos no jogo para viver uma segunda vida e fazer o Maximo de diferente, fazer fakes de avatares para pegar o parceiro na traição é o mais comum dentro do jogo, além de informações de amigos que também ajudam a vigiar o avatar suspeito de traição e a ajuda de detetives virtuais , que estes são pagos para descobrir a traição do parceiro se você já chegou a esse estagio saia do jogo e procure um psicólogo ou psiquiatra urgente por que você já está a beira da loucura.
(http://www.blackangelsl.net)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Crônica de Martha Medeiros

Ok: A gente quer encontrar alguém bonito, inteligente e espirituoso, alguém que não seja muito exibido nem vaidoso demais, que tenha um papo cativante e esteja parado na nossa. Mas e se beijar mal? Sem chance. Tem que beijar bem, tanto eles quanto elas.
Quando escuto alguém dizendo que Fulano beija bem e Sicrano beija mal, quase volto a acreditar em histórias da carochinha. Beijo é a sorte de duas bocas entrarem em comunhão. Pode um Rafael beijar uma Ana e ser uma explosão vulcânica, e o mesmo Rafael beijar uma Cristina e ser um encontro labial de dar sono. Pessoas não beijam bem ou mal: casais se beijam bem ou mal. Há sempre dois envolvidos.
A definição de um beijo bom é que pode ser questionável, mas quem está no meio do entrevero quase sempre reconhece o ósculo sublime.
Beijo bom é beijo decidido, mesmo que a decisão seja levá-lo devagar ao longe.
Beijo bom é beijo molhado, em que os beijadores doam tudo o que há para doar na cavidade bucal, sem assepsia, entrega absoluta.
Beijo bom é beijo sem pressa, que não foi condenado pelos ponteiros do relógio, que se perde em labirintos escuros já que, é bom lembrar, estamos de olhos fechados.
Beijo bom é beijo que você não consegue interromper nem que quisesse.
Beijo bom é beijo que não permite que seu pensamento tome forma e voe para outro lugar.
E, por fim, beijo bom é o beijo que está sendo dado na pessoa por quem você é completamente apaixonada.
Existe beijo ruim? Existe. Beijo sem alma, beijo educado demais, beijo cheio de cuidados, beijo curto, beijo seco. Mas uma coisa é certa: precisa dois para torná-lo frio ou torná-lo quente. Todo mundo pode beijar bem, basta nossa boca encontrar com quem.
(Martha Medeiros)

domingo, 25 de setembro de 2011

Para esquecer um grande amor

Um grande amor acaba por muitos motivos. Acaba em dias de chuva, em tardes ensolaradas. Acaba a toda hora. Assim como quando um grande amor começa. Mas um grande amor nunca acaba de repente. Vai acabando aos poucos. Essa espera pelo fim definitivo de um grande amor maltrata a gente. Dói sem parar. Ainda mais quando era um amor honesto e verdadeiro. Há quem pense que é impossível esquecer um grande amor. Alguns já morreram tentando. E falam como Neruda: “tão curto o amor, tão longo o esquecimento”. Esquecer é difícil. Ainda mais esquecer coisas boas. Momentos felizes. Sorrisos. Aplausos. Aquela noite. O beijo. Aquela dança.
Para esquecer um grande amor é preciso começar evitando algumas músicas. Em especial aquelas que falam de amor, de sonhos ou aquelas que usam demasiadamente a palavra “você”. Porque pra esquecer um grande amor é preciso uma grande dose de individualismo. Tente não lembrar daquela música, daquele dia, naquele lugar, que acabou se tornando a “nossa música”. Recomenda-se também evitar as músicas cantadas em italiano. Mesmo que você não suporte as canções italianas. Mesmo que você nunca tenha ouvido uma. Mesmo que você não entenda nada do que diz a letra. As canções italianas têm uma estranha ligação invisível com o amor. Então é melhor evita-las. E pra matar sua curiosidade, as letras das músicas italianas são todas iguais.
Alguns lugares são pouco propícios pra quem tenta esquecer um grande amor. As praças geralmente estão infestadas de bancos onde uma legião de namorados trocam beijos, abraços e qualquer outro tipo de carinho. É melhor passar ao largo. Vire o rosto. Se um casal vier em sua direção, não hesite, troque de calçada. Passe longe de cinemas, fuja de sorveterias e em festas não chegue perto da barraca de maçã do amor.
Também é difícil de lidar com aquelas coisas que ainda lembram o outro. Aquele perfume que você comprou só porque ele gostava, e que nunca acaba. A camiseta que ela achava o máximo. A blusinha que você estava usando quando ele falou que você estava mais magra. Aquela corrente de prata com um pingente delicado de coração que você viu no shopping e achou que ficaria linda no pescoço dela, e ficou. Os discos, livros e filmes que vocês trocaram, ouviram e assistiram juntos. Enfim, tudo o que representou algo na história daquele amor que você achava que era pra sempre. Quanto a essas coisas ainda não há um consenso sobre o que fazer. Há os que preferem jogar tudo fora. Alguns devolvem. Outros simplesmente deixam de lado. Em qualquer uma das três opções estas coisas dificultam o esquecimento. Prepare-se para isso.
Também existem os amigos. O que fazer com os amigos? Se eles são amigos em comum é melhor evita-los por um tempo. Principalmente o “casal de amigos com quem vocês jogavam boliche”. Faça novas amizades. Conheça gente nova. Encontre pessoas pra quem você não vai ter que contar tudo em detalhes e que, dificilmente, perguntarão sobre o outro. Se os amigos são apenas seus, avalie até onde você está sendo chato, porque todo mundo que sai de um grande amor vira um chato em potencial, e tente fazer novos programas com eles. Amigos são bons em nos fazer esquecer. Conte com eles. Mas não abuse.
As fotos. Caso você tenha receio em queimar, coloque todas as fotos em um envelope de papel pardo. Feche o envelope com cola e guarde no último canto, da ultima gaveta, do último balcão do sótão. Deixe a chave da gaveta em um lugar bem incomum, onde você nunca guardaria. De preferência esqueça esse lugar assim que puder. As fotos são cruéis. Algumas guardam nossa alma.
Destino semelhante merecem as cartas que vocês trocaram ao longo de todo esse tempo. São só palavras. Mas elas foram misturadas e colocadas de um jeito que destroem qualquer pessoa. E o pior é que muitas vezes foi você o responsável por deixa-las assim. As cartas são fragmentos de um contrato que não deu certo. Às vezes elas nos ajudam a entender. Às vezes elas machucam mais ainda. Depois que tudo terminar, leia todas ao menos uma vez. Então as deixe.
Existe muito mais a se fazer para esquecer um grande amor. Todas as outras coisas são tão difíceis como as anteriores. Um grande amor deixa marcas muito profundas. Algumas demoram a cicatrizar. Outras ficam abertas pra sempre. Certas pessoas nunca esquecem. Outras simplesmente apagam tudo. Algumas pessoas são inesquecíveis mesmo.
Às vezes, para esquecer um grande amor só um outro grande amor. Senão não se esquece. E grandes amores começam a toda hora. Em dias de chuva. Em tardes ensolaradas.


(Por Felipe Damo - http://felipedamo.wordpress.com)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que muda com a lei Maria da Penha



ANTES DA LEI MARIA DA PENHA

DEPOIS DA LEI MARIA DA PENHA
Não existia lei específica sobre a violência doméstica

Tipifica e define a violência doméstica e familiar contra a mulher e estabelece as suas formas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral.
Não tratava das relações entre pessoas do mesmo sexo.

Determina que a violência doméstica contra a mulher independe de orientação sexual.
Nos casos de violência, aplicava-se a lei 9.099/95, que criou os Juizados Especiais Criminais, onde só se julgam crimes de “menor potencial ofensivo” (pena máxima de 2 anos).

Retira desses Juizados a competência para julgar os crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Os juizados possuiam apenas competência criminal. Quando se tratava de questões cíveis (separação, pensão e guarda dos filhos), outro processo deveria ser aberto na vara de família.

Serão criados Juizados Especializados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência cível e criminal, abrangendo todas as questões.
Permite a aplicação de penas pecuniárias, como cestas básicas e multas.

Proíbe a aplicação dessas penas.
A autoridade policial fazia um resumo dos fatos e registrava num termo padrão (igual para todos os casos de atendidos).

Um capítulo específico prevê  procedimentos da autoridade policial, no que se refere às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar.
A mulher podia desistir da denúncia na delegacia.

A mulher só pode renunciar perante o Juiz.
Era a mulher quem, muitas vezes, entregava a intimação para o agressor comparecer às audiências.

Proíbe que a mulher entregue a intimação ao agressor.
Não era prevista decretação, pelo Juiz, de prisão preventiva, nem flagrante, do agressor (Legislação Penal).

Possibilita a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, a depender dos riscos que a mulher corre.
A mulher vítima de violência doméstica e familiar nem sempre era informada quanto ao andamento do seu processo e, muitas vezes, ia às audiências sem advogado ou defensor público.

A mulher será notificada dos atos processuais, especialmente quanto ao ingresso e saída da prisão do agressor, e terá que ser acompanhada por advogado, ou defensor, em todos os atos processuais.
A violência doméstica e familiar contra a mulher não era considerada agravante de pena. (art. 61 do Código Penal).

Esse tipo de violência passa a ser prevista, no Código Penal, como agravante de pena.
A pena para esse tipo de violência doméstica e familiar era de 6 meses a 1 ano.

A pena mínima é reduzida para 3 meses e a máxima aumentada para 3 anos, acrescentando-se mais 1/3 no caso de portadoras de deficiência.
Não era previsto o comparecimento do agressor a programas de recuperação e reeducação (Lei de Execuções Penais).

Permite ao Juiz determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de recuperação e reeducação.
O agressor podia continuar frequentando os mesmos lugares que a vítima frequentava. Tampouco era proibido de manter qualquer forma de contato com a agredida.

O Juiz pode fixar o limite mínimo de distância entre o agressor e a vítima, seus familiares e testemunhas. Pode também proibir qualquer tipo de contato com a agredida, seus familiares e testemunhas.
(http://www.mariadapenha.org.br/a-lei/o-que-muda-com-a-lei/)

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Crônica : A Morte Devagar

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.
Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas 14 polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.
Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja quem não lê quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.
Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.
(Martha Medeiros)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Seminário de Enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

Nos dias 29 e 30/09/2011 acontecerá o Seminário de Enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher.

As inscrições são gratuitas e já se encontram disponiveis pelo site www.tjpa.jus.br, neste site é possível acessar toda a programação do evento. 

No Seminário haverá a participação da Coordenadora do MADAPARÁ (Grupo de Apoio à 'Mulheres Que Amam Demais Anônimas' de Belém/PA) 
A Coordenadora do MADAPARÁ, Graça Amorim fará parte da Mesa de Debates que ocorrerá no dia 30.09 as 14hs.


Local do Evento: Hangar - Centro de Convenções em Belém-Pará.
Participe! 

domingo, 18 de setembro de 2011

O que é o Amor…

Estes dias estava entrando em sites de relacionamento e fiquei muito curiosa em relação à palavra amor, geralmente todos os sites de relacionamento falam sobre, amor, amor virtual, poemas de amor, desamor, frases de amor, poesias de amor, onde também contam história de amor, provas de amor etc.
Uma infinidade de site de relacionamentos que garantem poderem te ajudar a conquistar seu (a) homem mulher, inclusive este é um site de relacionamento em que eu dou várias dicas para que você possa encontrar sua cara metade ou apimentar seu relacionamento, mas na verdade nenhum deles ou até mesmo o meu falam do amor ou da sua complexidade.
Então resolvi fazer um resumo do que eu acho ser o amor em poucas palavras para você que está lendo este artigo possa tirar suas próprias conclusões.
No dicionario da lingua portuguesa ela está assim:
Amor (ô)
(latim amor, -oris)
s. m.
1. Sentimento que induz a obter ou a conservar a pessoa ou a coisa pela qual se sente afeição ou !atração.
2. Paixão atrativa entre duas pessoas.
3. Afeição forte por outra pessoa.
4. O próprio ser que se ama. (Usado também no plural)
5. Ato sexual.
6. Brandura, suavidade.
7. Paixão ou grande entusiasmo por algo.
No Wikipédia está assim:
A palavra Amor (do latim amor) presta-se a múltiplos significados na língua portuguesa. Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e alimentar as estimulações sensoriais e psicológicas necessárias para a sua manutenção e motivação.
Vi em um site a seguinte definição de tal palavra:
Amor é quando a pessoa imperfeita se torna mais que perfeita, amor é olhar para dentro sem nem saber o que tem por fora, amor é querer estar perto mesmo quando não se está longe, amor é começar a gostar das coisas que nunca suportou só por que ele adora, amor é ter atitudes sem nunca se importar com o que os outros vão achar, amor é simplesmente amor!
Amo é estar junto, ajudar, compreender, respeitar, ser amigo, ser verdadeiro, é querer tê-lo todo dia e ficar triste por não poder, amar é acima de tudo querer ver a outra pessoa feliz, mesmo que para isso tenhamos que abrir mão da própria felicidade!
Autora: Pammy
Mas não existe só o amor entre homem mulher, existe também o amor entre amigos o amor verdadeiro e eterno, tão puro e singelo que começamos a ver os nossos amigos como nossos irmãos, amigos de verdade são aqueles que nuca esquece aniversario de amigos, porque amizade sempre será lembrada e não se esquece um amigo, não quando se trata de, verdadeira amizade.
Há amizades mais duradouras, outras mais divertidas, algumas desafiadoras. Todas elas, no entanto, enriquecem, exercitam a tolerância e vão mudando a gente para melhor.
Há quem diga que amigos são anjos enviados do céu para nos confortar e nos trazerem alegrias nas horas de tristezas e nos tirar da solidao, e nos dar um pouco de felicidade.
Amizade é vitamina. Faz o pulmão inflar, o coração encher. Deixa o dia desbotado recuperar a cor. O porque o amigo traz essa sensação é difícil explicar. Há aqueles que simplesmente nos fazem sorrir, há também aqueles que sentem a nossa dor e nos tira um pouco o peso de ter que carregar essa tristeza sozinha ou aqueles que nos aponta os erros e nos indica os caminhos. E existe aquele amigo que é todo confuso, mas, mesmo sem resposta para nossas dúvidas, oferece o olho no olho, a mão na mão.
Longe da relação perfeita, a amizade sofre seus tropeços e isso inclui brigas e discussões que nos ensinam mais sobre a tolerância e os próprios limites. Primeiro porque nas amizades você pode mostrar quem realmente é, e isso não é uma tarefa fácil, Segundo porque o amigo do peito é aquele que pode falar o que o outro não quer ouvir.

(http://www.umamulher.com)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Conheça os seus direitos

A Lei Maria da Penha tem a missão de proporcionar instrumentos adequados para “coibir,  previnir e erradicar” a violência doméstica e familiar contra a mulher, com o objetivo de garantir sua “integridade física, psíquica, sexual, moral e patrimonial”, a chamada “violência de gênero”.
Para isso, a Lei Maria da Penha garante à vítima uma série de medidas rápidas e eficientes que podem evitar novos traumas e até  mesmo salvar vidas. Algumas delas, destacadas em seu artigo 22:
Suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente – a lei impede que o agressor possua armas, recolhendo-as imediatamente através da ação de agentes do Estado. Estão incluidas as armas de quem tenha licença para usá-las, como os policiais, por exemplo.
Afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida – a lei garante a segurança e retira a mulher do ambiente em que está sendo ameaçada;
Proibição de determinadas condutas, entre as quais: aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando limite mínimo de distância entre estes e o agressor – o que significa  o estabelecimento de uma distância segura entre a vítima e o agressor, além de impedir encontros, contatos e demais ameaças. A segurança é observada pela Lei.
Proibição de contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação – representa distância não apenas da agredida, como de seus familiares e demais pessoas de convívio. Também estão inseridas pessoas que tenham presenciado a agressão e provavelmente serão testemunhas perante o Poder Judiciário.
Proibição de freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida – suporte e apoio para a agredida.
Restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar – representa a proteção também aos filhos e o impedimento de intrigas e demais problemas comuns.
Prestação de pensão alimentícia provisional ou provisória, além de outras medidas previstas sempre que a segurança da ofendida exigir – além de proteger, a Lei também garante uma condição digna para a agredida,  como a determinação emergencial de prestação alimentar.
A Lei Maria da Penha protege as mulheres das mais diversas formas de agressão e violência.  São elas:
Violência física (visual): É aquela entendida como qualquer conduta que ofenda integridade ou saúde corporal da mulher.
Violência psicológica (não-visual, mas muito extensa): “Qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da auto-estima à mulher ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”.
Violência sexual (visual): A violência sexual está baseada fundamentalmente na desigualdade entre homens e mulheres. Logo, é característica “como  qualquer  conduta que constranja a mulher a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos“.
Violência patrimonial (visual – material): Importa em “qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de objetos pertences à mulher, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades“.
Violência moral (não visual): Entende-se por violência moral qualquer conduta que importe em “calúnia, difamação ou injúria”.
Por calúnia entende-se o fato de atribuir, falsamente, a alguém a responsabilidade pela prática de um ato determinado definido como crime. Pode ser feita verbalmente, de forma escrita, por representação gráfica ou internet.
A difamação, por sua vez, consiste em atribuir à alguém fato determinado ofensivo à sua reputação.
A injúria consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade ou decoro.
A calúnia e a difamação estão aproximadas por atingirem a “honra objetiva de alguém”, ou seja, a honra íntima que cada um possui e que é atingida quando terceiros tomam conhecimento de tal imputação. Apenas é restaurada através da retratação total do ofensor (de quem realiza a conduta, neste caso, contra a mulher), mas na calúnia ainda se exige que a imputação do fato seja falsa, e, além disso, que este seja definido como crime (exemplo: crime de homicídio – “matar alguém”), o que não ocorre na difamação.

(http://www.mariadapenha.org.br/a-lei/conheca-os-seus-direitos/)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Violência emocional por longo período - Sindrome de Estocolmo

Hoje vamos falar sobre a violência emocional onde agressor mina totalmente a confiança e auto-estima da vitima, até reduzi-la a nada.
O problema costuma surgir na maioria das situações psicologicamente traumáticas, como casos que envolvem seqüestro ou tomada de reféns, e ou em caso de violência doméstica em longo prazo, em geral esses efeitos não se encerram com o final da crise.
Na maioria dos casos, as vítimas continuam a defender e a gostar de seus algozes mesmo depois de escapar do cativeiro. Sintomas da síndrome de Estocolmo também foram identificados no relacionamento entre senhor e escravo, em casos de cônjuges agredidos e em membros de cultos destrutivos.
• uma relação de severo desequilíbrio de poder na qual o algoz dita aquilo que o prisioneiro pode e não pode fazer;
 • a ameaça de morte ou danos físicos ao prisioneiro por parte do algoz;
 • um instinto de auto-preservação de parte do prisioneiro e ou da vitima.
 Parte desses traços é a crença (correta ou incorreta) do prisioneiro quanto à impossibilidade de fuga, o que significa que a sobrevivência precisa ocorrer nos termos das regras impostas pelo algoz todo-poderoso; e o isolamento do prisioneiro com relação a pessoas não cativas, o que impede que a visão externa quanto aos seqüestradores interfira com os processos psicológicos que geram a síndrome de Estocolmo.
Da maneira mais básica e generalizada, o processo, tal qual visto em uma situação de seqüestro ou violência doméstica, transcorre mais ou menos assim: 
1. Em um evento traumático e extraordinariamente estressante, uma pessoa se vê prisioneira de um homem que a ameaça de morte caso desobedeça. A pessoa pode sofrer abusos - físicos sexuais e/ou verbais - e enfrentar dificuldade para pensar direito. De acordo com o algoz, escapar é impossível. A pessoa terminará morta. Sua família também pode morrer. A única chance de sobreviver é a obediência;
 2. Com o passar do tempo, a obediência, por si, pode se tornar algo menos seguro - já que o algoz também sofre estresse, e uma mudança em seu humor poderia representar conseqüências desagradáveis para o prisioneiro. Compreender o que poderia deflagrar atos de violência de parte do algoz, para evitar esse tipo de atitude, se torna uma segunda estratégia de sobrevivência. Com isso, a pessoa aprende a conhecer quem a capturou;
 3. Um simples gesto de gentileza de parte do algoz, que pode se limitar simplesmente ao fato de ainda não ter matado a vitima, posiciona o raptor como salvador da vitima, como alguém "em última análise bom", para mencionar a famosa caracterização, pela jovem Anne Frank, dos nazistas que por fim a levaram à morte. Nas circunstâncias traumáticas e ameaçadoras que a vitima enfrenta o menor gesto de gentileza - ou a súbita ausência de violência - parece um ato de amizade em um mundo de outra forma hostil e aterrorizante, e a vitima se apega a ele com grande fervor;
 4. O algoz lentamente começa a parecer menos ameaçador - mais um instrumento de sobrevivência e proteção do que de dano. A vitima sofre daquilo que alguns definem como uma ilusão auto-imposta: a fim de sobreviver psicológica, além de fisicamente, e a fim de reduzir o inimaginável estresse de sua situação, a vitima, vem a acreditar verdadeiramente que o algoz é seu amigo, que não a matará, e que de fato ambos podem se ajudar mutuamente a "sair dessa encrenca".
As pessoas do lado de fora que se esforçam por resgatar a vitima parecem-lhe menos aliados, porque querem ferir a pessoa que o protege contra todos os males. O fato de que a pessoa em questão seja ela mesma a potencial origem desses males termina ignorada em meio ao processo de auto-ilusão.
As tentativas de libertação são, por esse motivo, vistas como uma ameaça, porque o refém pode correr o risco de ser magoado. É importante notar que os sintomas são conseqüência de um stress físico e emocional extremo. O complexo e dúbio comportamento de afetividade e ódio simultâneo junto aos algozes é considerado uma estratégia de sobrevivência por parte das vítimas.
 É importante observar que o processo da síndrome ocorre sem que a vítima tenha consciência disso. A mente fabrica uma estratégia ilusória para proteger a psique da vítima.
A identificação afetiva e emocional com o algoz acontece para proporcionar afastamento emocional da realidade perigosa e violenta a qual a pessoa está sendo submetida. Entretanto, a vítima não se torna totalmente alheia à sua própria situação, parte de sua mente conserva-se alerta ao perigo e é isso que faz com que a maioria das vítimas tente escapar do algoz em algum momento, mesmo em casos de cativeiro prolongado.
A síndrome pode se desenvolver em vítimas de seqüestro, em cenários de guerra, sobreviventes de campos de concentração, pessoas que são submetidas à prisão domiciliar por familiares e também em vítimas de abusos pessoais, como mulheres e crianças submetidas à violência doméstica e familiar. É comum também no caso de violência doméstica e familiar em que a mulher é agredida pelo marido e continua a amá-lo e defendê-lo como se as agressões fossem normais.

(http://vilamulher.terra.com.br)

Conheça a Lei Maria da Penha



A Lei nº 11.340/2006, que regulamenta os casos de violência doméstica e familiar praticados contra a mulher, é conhecida por “Lei Maria da Penha”. Recebeu este nome em homenagem a uma brava Senhora, “Maria da Penha”, que protagonizou um caso simbólico de violência doméstica e familiar contra a mulher.
A Lei trouxe significativa alteração no tratamento dado anteriormente pelo Poder Judiciário aos agressores de mulheres no âmbito familiar.  Previu a concessão de medida de assistência e proteção às mulheres e seus familiares, proibindo, por exemplo,  a aplicação de penas pecuniárias (pagamento de multas ou cestas básicas), além de  possibilitar à vítima que o Juiz conceda medidas protetivas de urgência, que objetivam acelerar a solução do problema da mulher agredida.
Estas medidas podem ser requeridas e concedidas em caso de situação de risco ou na ocorrência da prática da violência propriamente dita, o que é realizado através da intervenção da autoridade policial.
Devem ser analisadas no prazo de 96 horas após o registro da agressão na Delegacia de Polícia. Podem ser requeridas pela mulher ou concedidas pelo Juiz quando verificada a urgência do caso. Consistem, por exemplo, no afastamento imediato do lar do agressor.
Anteriormente, a mulher ofendida era obrigada a se refugiar em casa de familiares ou amigos para impedir que novos casos de violência ocorressem durante o doloroso processo de separação.
Agora não. As medidas criadas através da Lei nº 11.340/2006 para proteção imediata às mulheres atuam na esfera do direito cível, com abrangência no âmbito do direito de família, administrativo e penal. O cumprimento destas medidas, após a concessão judicial, é de responsabilidade da justiça, devendo ser cumprida pelos seus agentes.
Caso o agressor viole alguma dessas determinações, ele sofrerá nova repressão das autoridades policiais e judiciais. Todas essas medidas visam proteger a mulher que denuncia a violência e busca impedir que se repita, não apenas com ela própria, mas contra as milhares de mulheres que são diariamente agredidas.
(http://www.mariadapenha.org.br/a-lei/conheca-a-lei-maria-da-penha/)

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crônica

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d’água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando?" Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. "Vem aqui, tira esse sapato."
Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido.
Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.
Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.
(Martha Medeiros)

sábado, 10 de setembro de 2011

A História da Maria da Penha

A Lei que protege as mulheres contra a violência recebeu o nome de Maria da Penha em homenagem à farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes. Com muita dedicação e senso de justiça, ela mostrou para a sociedade a importância de se proteger a mulher da violência sofrida no ambiente mais inesperado, seu próprio lar, e advinda do alvo menos previsto, seu companheiro, marido ou namorado.

Em 1983, Maria da Penha recebeu um tiro de seu marido, Marco Antônio Heredia Viveiros, professor universitário, enquanto dormia. Como seqüela, perdeu os movimentos das pernas e se viu presa em uma cadeira de rodas. Seu marido tentou acobertar o crime, afirmando que o disparo havia sido cometido por um ladrão.

Após um longo período no hospital, a farmacêutica retornou para casa, onde mais sofrimento lhe aguardava.  Seu marido a manteve presa dentro de casa, iniciando-se uma série de agressões. Por fim, uma nova tentativa de assassinato, desta vez por eletrocução que a levou a buscar ajuda da família. Com uma autorização judicial, conseguiu deixar a casa em companhia das três filhas. Maria da Penha ficou paraplégica.

No ano seguinte, em 1984, Maria da Penha iniciou uma longa jornada em busca de justiça e segurança. Sete anos depois, seu marido foi a júri, sendo condenado a 15 anos de prisão. A defesa apelou da sentença e, no ano seguinte, a condenação foi anulada. Um novo julgamento foi realizado em 1996 e uma condenação de 10 anos foi-lhe aplicada. Porém,  o marido de Maria da Penha apenas ficou preso por dois anos, em regime fechado.

Em razão deste fato, o Centro pela Justiça pelo Direito Internacional (CEJIL) e o Comitê Latino-Americano de Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM), juntamente com a vítima Maria da Penha, formalizaram uma denúncia à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), Órgão Internacional responsável pelo arquivamento de comunicações decorrentes de violação de acordos internacionais.

Paralelamente, iniciou-se um longo processo de discussão através de proposta elaborada por um Consórcio de ONGs (ADVOCACY, AGENDE, CEPIA, CFEMEA, CLADEM/IPÊ e THEMIS). Assim, a repercussão do caso foi elevada a nível internacional. Após reformulação efetuada por meio de um grupo de trabalho interministerial, coordenado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Governo Federal, a proposta foi encaminhada para o Congresso Nacional.

Transformada a proposta em Projeto de Lei, realizaram-se durante o ano de 2005 , inúmeras audiências públicas em Assembléias Legislativas das cinco Regiões do País, contando com a intensa participação de entidades da sociedade civil.

O resultando foi a confecção de um “substitutivo” acordado entre a relatoria do projeto, o Consórcio das ONGs e o Executivo Federal, que resultou na sua aprovação no Congresso Nacional, por unanimidade.

Assim, a Lei nº 11.340 foi sancionada pelo Presidente da República em 07 de agosto de 2006.

Em vigor desde 22 de setembro de 2006, a “Lei Maria da Penha” dá cumprimento, finalmente, as disposições contidas no §8º, do artigo 226, da Constituição Federal de 1988, que impunha a criação de mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações familiares, bem como à Convenção para Previnir, Punir e Erradicar a Violência Contra à Mulher, da OEA (Convenção de Belém do Pará), ratificada pelo Estado Brasileiro há 11 anos e, ainda, à Convenção para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher (CEDAW) da ONU (Organização para as Nações Unidas).

Isto tudo porque, segundo exterioriza a Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, “toda mulher tem o direito a uma vida livre de violência”,  que é nosso desejo e deve ser nosso compromisso”.

(http://www.mariadapenha.org.br/a-lei/a-historia-da-maria-da-penha/)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A Raiva

A raiva é um dos sentimentos mais intensos que costumamos experimentar e, de modo geral, está relacionada à frustração de nossos desejos e expectativas.
Ela é motivada por uma dor interior, quando nos sentimos traídos ou machucados pela vida e expressamos esta mágoa através de atitudes raivosas. É como se nos sentíssemos impelidos a descontar no restante do mundo a dor que alguém nos causou.
É importante aprender a reconhecer as raízes internas de nossa raiva, para que possamos conscientemente eliminar as causas que nos levam a este sofrimento.
A raiva também pode estar relacionada à criança que fomos um dia. Se em nosso passado, não tivemos a oportunidade de expressar nossa raiva, por termos sido reprimidos por pais muito autoritários, poderemos seguir pela vida engolindo nossa raiva e direcionando-a muitas vezes para nós mesmos, gerando desequilíbrios que cedo ou tarde se manifestarão na forma de doenças.
Aprender a observar nossa raiva no momento em que ela se apresenta é algo muito útil, pois somente conhecendo profundamente a origem deste sentimento em nosso interior, é que poderemos finalmente deixá-la ir embora, não nos apegarmos a ela.
Há circunstâncias na vida em que é difícil não sentir raiva, principalmente quando somos desrespeitados em nossos direitos. Mas, o ideal é lutar por eles de forma sensata, movidos pela energia da justiça e da ética, caso contrário, corremos o risco de nos tornarmos agentes da violência e da agressividade.
A insanidade dominante no mundo atual é resultado da inconsciência, pois muitos seres humanos se deixam dominar pela energia da raiva e permitem que ela os leve a atos dos quais irão se arrepender. Se quisermos construir um mundo de paz, precisamos urgentemente aprender a lidar com nossas emoções de uma forma mais madura e consciente.
A psicologia da raiva é que você queria algo e alguém lhe impediu de conseguir isso. Alguém veio como um bloqueio, como um obstáculo. Toda sua energia estava indo conseguir algo e alguém bloqueou a energia. Você não conseguiu o que queria.
Agora essa energia frustrada transforma-se em raiva… raiva contra a pessoa que destruiu a possibilidade de realizar seu desejo.
...Você não pode impedir que a raiva aconteça porque ela é um subproduto, mas você pode fazer algo para que o subproduto não aconteça de jeito nenhum.
...Na vida, lembre-se de uma coisa: nunca deseje coisa alguma tão intensamente como se isso fosse uma questão de vida ou morte. Seja um pouco brincalhão.
Não estou dizendo, não deseje – porque isso se tornará uma repressão em você. Estou dizendo, deseje, mas deixe seu desejo ser brincalhão. Se você puder realizá-lo, ótimo. Se você não realizá-lo, talvez não fosse o tempo certo; veremos da próxima vez. Aprenda algo da arte de brincar.
...Ficamos tão identificados com o desejo que quando este é bloqueado ou impedido nossa energia pega fogo; ela queima. E nesse estado de quase insanidade você pode fazer alguma coisa da qual você irá se arrepender. Isso pode gerar uma série de eventos que toda sua vida pode ficar enrolada nisso.
Devido a isso, por milhares de anos, eles ficaram dizendo, Sejam sem desejos.
...Mesmo as pessoas que disseram, Sejam sem desejos também deram a vocês um motivo, um desejo: se você ficar sem desejos você irá alcançar a suprema liberdade, nirvana. Isso também é um desejo.
Você pode reprimir um desejo por algum outro desejo maior... Você só mudou o alvo. ...A raiva é sempre proporcional ao desejo.
...É uma infelicidade que nenhuma religião no mundo tenha aceitado o senso de humor como uma das qualidades básicas para o homem religioso. Quero que vocês entendam que o senso de humor, a brincadeira, devem ser as qualidades fundamentais.
Vocês não devem levar as coisas tão seriamente, assim a raiva não surgirá. Vocês podem simplesmente rir da coisa toda. Vocês podem começar a rir para vocês mesmos. Vocês podem começar a rir de situações nas quais vocês estariam raivosos e loucos.
Usem a brincadeira, o senso de humor, a risada. È um mundo grande, e existem milhões de pessoas. Todo mundo está tentando conseguir algo. É muito natural que às vezes pessoas se intrometam nos caminhos um dos outros – não que eles queiram isso, é apenas a situação, é acidental.
...Isso é o que quero dizer quando falo para não levar coisa alguma a sério... nem mesmo você mesmo. E assim você verá que a raiva simplesmente não aconteceu. Não há nenhuma possibilidade de raiva. E a raiva certamente é um dos maiores vazamentos da sua energia espiritual. Seja brincalhão com seus desejos, e assim permaneça o mesmo no sucesso ou no fracasso.
Apenas comece a pensar sobre si mesmo à vontade… nada especial; não que você precisa ser vitorioso, não que você tenha que ser bem sucedido em cada situação.
...Uma vez que isso se estabeleça em seu ser, então, tudo é aceitável. A raiva desaparece e quando ela desaparece, deixa para trás uma tremenda energia de compaixão, de amor, de amizade.
(Por Elisabeth Cavalcante - http://www.stum.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=11168)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Transtorno de Personalidade Borderline

Borderline é um transtorno de personalidade que traz sérias conseqüências para a pessoa, seus familiares e seus amigos próximos. O termo "fronteiriço" se refere ao limite entre um estado normal e um quase psicótico, assim como às instabilidades de humor.
Não é muito freqüente. Nos USA se considera 2% da população, (mas cuidado, geralmente as estatísticas lá são exageradas). Muito mais freqüente em mulheres do que em homens (por isso a página é escrita no feminino).

1) Sintomas (claro que nem todas as Borderline tem todos estes sintomas):
Medo de abandono: uma necessidade constante, agoniante de nunca se sentirem sozinhas, rejeitadas e sem apoio.
Dificuldade de administrar emoções
Impulsividade.
Instabilidade de humor. As oscilações de humor do DAB ou TAB - Distúrbio ou Transtorno Afetivo Bipolar duram semanas ou meses, mas as Borderline têm oscilações de minutos, horas, dias. Essas oscilações de humor incluem depressões, ataques de ansiedade, irritabilidade, ciúme patológico, hetero- e auto-agressividade. Uma paciente marca a consulta informando que está super deprimida, querendo morrer. No dia seguinte chega à consulta bem humorada, bem vestida, maquiada, vaidosa.
Comportamento auto-destrutivo (se machucar, se cortar, se queimar). As portadoras de Borderline dizem que se machucam para satisfazer uma necessidade irresistível de sentir dor. Ou porque a dor no corpo "é melhor que a dor na alma".
Tentativas de suicídio, mais freqüentemente as de impulso do que as planejadas.
Mudanças de planos profissionais, de círculos de amizade.
Problemas de auto-estima. Borderlines se sentem desvalorizadas, incompreendidas, vazias. Não tem uma visão muito objetiva de si mesmos.
Muito impulsivas: idealizam pessoas recém conhecidas, se apaixonam e desapaixonam de maneira fulminante.
Desenvolvem admiração e desencanto por alguém muito rapidamente. Criam situações idealizadas sem que o parceiro objeto do afeto muitas vezes nem tenha idéia de que o relacionamento era tão profundo assim...
Alta sensibilidade a qualquer sensação de rejeição. Pequenas rejeições provocam grandes tempestades emocionais. Uma pequena viagem de negócios do namorado ou marido pode desencadear uma tempestade emocional completamente desproporcional (acusações de rejeição, de abandono, de não se preocupar com as necessidades dela, de egoísmo, traição, etc.).
A mistura de idealização por alguém e a extrema sensibilidade às pequenas rejeições que fazem parte de qualquer relacionamento são a receita ideal para relacionamentos conturbados e instáveis, para rompimentos e estabelecimento imediato de novos relacionamentos com as mesmas idealizações.
Menos freqüente: episódios psicóticos (se sentirem observadas, perseguidas, assediadas, comentadas).

2) Risco aumentado para:
Compras Compulsivas.
Sexo de risco.
Comer Compulsivo, Bulimia, Anorexia.
Depressão.
Distúrbios de Ansiedade.
Abuso de substâncias.
Transtorno Afetivo Bipolar.
Outros Transtornos de Personalidade.
Violência (não só sexual), abusos e abandono, por causa da impulsividade e da falta de crítica para escolher novos parceiros.

3) A causa provável é uma combinação de:
Vivências traumáticas (reais ou imaginadas) na infância, por exemplo abuso psicológico, sexual, negligência, terror psicológico ou físico, separação dos pais, orfandade.
Vulnerabilidade individual.
Stress ambiental que desencadeia o aparecimento do comportamento Borderline.
Cuidado com conclusões precipitadas do tipo "você foi abusada" ou "você foi aterrorizada".

4) Evolução:
Geralmente começa a se manifestar no final da adolescência e início da vida adulta.
Com o passar dos anos existe uma diminuição do número de internações hospitalares e de tentativas de suicídio.
Parece piada de mau gosto, mas é uma realidade estatística: a cada tentativa de suicídio que a Borderline sobrevive, diminui a chance de uma nova tentativa.

5) Fatores de bom prognóstico:
Bons relacionamentos familiares, sociais, afetivos, profissionais.
Participação em atividades comunitárias: igrejas, clubes, associações culturais, artísticas, etc.
Baixa ou ausente freqüência de auto-agressão.
Baixa ou ausente freqüência de tentativas de suicídio.
Ser casada.
Ter filhos.
Não ser promíscua.

6) Tratamento.
A integração de tratamentos medicamentosos mais psicoterápico trouxe grandes progressos no tratamento do Transtorno Borderline.

Medicação:
O tratamento medicamentoso inclui Estabilizadores de Humor (mesmo que não se trate de DAB) pois eles ajudam a conter a impulsividade e as oscilações de humor.
Antidepressivos e Tranqüilizantes não tem a mesma eficácia que teriam em casos de depressões ou ansiedades "puras" mas certamente tem sua utilidade em Borderline.
Embora a medicação seja muito importante, ela é ator coadjuvante. O ator principal no tratamento é a Psicoterapia.

Psicoterapia:
Não é uma terapia fácil. O que acontece "na vida real" acontece dentro do consultório: instabilidade, alternância de amor e ódio, idealização e desapontamento com o terapeuta, sedução, impulsividade, etc.
Geralmente no início do tratamento a Psicoterapia é mais Analítica, para que a paciente reconheça o problema, suas causas e as conseqüências na sua vida.
Mais tarde, quando as causas e conseqüências estiverem bem entendidas pela paciente, a Psicoterapia Cognitivo Comportamental (TCC) é mais útil, pois ela ensina a paciente a ter comportamentos alternativos mais saudáveis.
Isso quer dizer o seguinte: o tratamento exige paciência, persistência, disciplina e muito boa vontade.
Pacientes gratos hoje podem se mostrar ingratos amanhã.
Terapeutas que hoje são vistos como atenciosos e dedicados podem ser criticados e vistos como monstros amanhã.
(http://www.mentalhelp.com/Borderline.htm)
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