Amar Demais... Um Erro!

Amar Demais... Um Erro!

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mágoas


Conduzir sua vida sem mágoas é uma obrigação individual

Você sabia que a mágoa pode ser transformada numa doença severa e muito das vezes de difícil recuperação, levando o indivíduo à morte?

É comum ouvirmos as pessoas contarem sobre suas mágoas. Mais comum ainda é notarmos quanto sinceridade ao relatar suas franquezas, permitindo que suas mágoas caminhem juntamente com suas vidas. É claro também que os indivíduos, menos avisados, desconhecem o poder que essa forma de pensamento e sentimento poderá vir afetar seu corpo físico.

A Mestra Yris nos ensina que a mágoa é uma conseqüência de más águas. Más águas representam um represamento de águas doentes dentro do corpo físico. Daí para chegar a uma doença, é um pulinho. Pois todo o cenário já está preparado, incluindo o corpo físico, o corpo mental, o corpo emocional e o corpo energético (Aura).

O que nos chama atenção também nesse triste cenário é a velocidade em que uma mágoa atinge o corpo físico na forma de doenças. Uma vez que a mágoa surge, não há prazo ou tempo para diagnosticar a conseqüente doença somatizada. O que podemos enfatizar é que o tempo espaço estaria mais para o tamanho potencial da mágoa. Outro fator a ser considerado seria a própria condição física do indivíduo a ser afetado. Em outras palavras quanto menos resistente, maiores serão as possibilidades de a mágoa torpedear o corpo físico.

E não pense que a mágoa desaparece depois de ter manifestado na forma de doença. Ela vai continuar afetando o indivíduo. É o momento em que dado um problema, proliferará numa seqüência de novos problemas. É muito fácil entender que a carga de carregar uma só mágoa, já consiste em si mesmo, uma dolorosa e triste condição de desconforto mental e emocional. Considere esse status, acrescentando os problemas agravantes do advento de uma nova doença. É muito.

Curar, ou melhor, livrar-se da própria mágoa, antes que ela possa gerir filhotes malignos, é de absoluta responsabilidade de cada um. É muito mais fácil acabar com uma mágoa do que com uma doença. A mágoa pode ser curada, mas a doença nem sempre tem a mesma sorte. Afora isso, leve em conta todo o mal estar e sofrimento derivado de doenças, num tempo infinito.

Portanto, diante disso, uma das principais responsabilidades dos indivíduos é a que diz respeito à sua condição de agir ou reagir diante dos eventuais desafetos ao longo da vida, não permitindo espaço para o surgimento de mágoas. Trate de solucionar seus problemas de forma definitiva e absoluta. Não delongue soluções.  Não conviva com falsas soluções. Procure pela melhor solução disponível e invista numa conclusão.

Mesmo que lá adiante você venha a vislumbrar uma outra forma de conclusão mais viável, não se aborreça. Contenha-se, e contente-se por ter se livrado de pendurar um colar doentio em seus corpos. E mais, você estará de bem com a vida e gozando livremente dos desafios de continuar batalhando com seus compromissos.

Viva feliz e sorridente... sem mágoas.

(Gerson Ferrari - http://templodeyris.com.br)

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Eu tenho AIDS


A história de meninas que nasceram com o vírus HIV e aprenderam na marra a conviver com a dor e ter esperança e vontade de viver
Meninas que têm o vírus HIV não são necessariamente magras, machucadas, fracas, mas convivem com uma marca que estará sempre presente.
Em 1983 foi registrado o primeiro caso de aids no Brasil. Durante toda aquela década, tentou-se entender melhor a doença, que era associada a gays, drogados e prostitutas.
Como ninguém sabia como controlá-la, muita gente morria. Como ninguém conhecia bem as formas de transmissão, muita gente se expôs ao risco, pegou o vírus e o transmitiu a outras pessoas.
Na década de 90, muitos bebês de mães soropositivas nasceram com o HIV. Foi o que aconteceu com a Mariana, a Cássia e a Natália*. Elas fazem parte da primeira geração de adolescentes que nasceram com o vírus e que, graças ao avanço dos tratamentos, não tiveram o mesmo destino das garotas que se infectaram nos anos 80.
Pelo contrário. Mariana, Cássia e Natália são saudáveis, bonitas, estudam, namoram, transam. Ao mesmo tempo, elas são marcadas por uma série de conseqüências relacionadas à doença: têm que conviver com a perda dos pais, com as angústias associadas à aids e com o medo do preconceito.
Nas próximas páginas, você vai conhecer melhor a vida dessas garotas. E a gente torce para que elas te ajudem a refletir sobre a doença, sobre a sua vida e, principalmente, sobre o modo que você olha para quem está ao seu lado.
Mariana, 19 anos, Florianópolis
"Meu pai morreu quando eu era bebê e a minha mãe quando eu tinha 9 anos. No começo, minha avó ficou comigo, mas ela acabou me levando para a instituição em que eu moro até hoje.
Eu tomo remédio desde os 3 anos. De certa forma, nasci com eles. Deve ser muito mais difícil se infectar na vida adulta e só então ter que aprender a conviver com a doença.
Pra mim, o mais difícil é lidar com o que está de fora - sempre rola um preconceito. Quando eu tinha 10 anos, tive que mudar de escola por causa disso.
Aí aprendi que tenho que dividir a minha história só com quem realmente importa. Eu estou no segundo ano de Educação Física e ainda não tive coragem de contar pra ninguém da faculdade.
Os meus colegas são meio ignorantes, vira e mexe fazem piadas com aids em um tom meio nada a ver. Coisas do tipo: "Ih, tu tá ferrado porque o cara que bebeu nesse copo tem aids".
Nem pensam que do lado deles pode mesmo haver alguém com o vírus e possa se sentir agredido com aquilo.
Só conto quando eu tenho muita confiança na pessoa. Quando sei que ela vai ser discreta, que não vai espalhar por aí. Mas com namorado é diferente: tem que contar.
Pô, se o cara vai se relacionar comigo, precisa saber das coisas importantes da minha vida. O meu primeiro namorado era da instituição, crescemos juntos e, por isso, ele já sabia.
Já o segundo eu conheci por causa de uma amiga minha e falei antes mesmo de ficar com ele. Me senti segura porque percebi que ele era uma pessoa legal.
Ele nem ficou chocado, só quis conhecer alguns detalhes da minha história. Eu contei e não teve nada demais. A gente namorou por 1 ano e só terminou porque não estava rolando mais."
Cássia, 17 anos, São Paulo
"Descobri que tinha aids com 4 anos. Meus pais já tinham morrido por causa da doença, por isso, morei a maior parte da minha vida em uma instituição de crianças soropositivas.
Um dia, no pré-primário, eu vi que a tia dava remédios para mim, mas para as outras crianças não. Daí ela me explicou que eu tinha um bichinho dentro de mim e que precisava cuidar dele.
Aos poucos, fomos conhecendo o HIV. O pior disso tudo foi me separar da minha irmã, que não tinha o vírus e foi pra outro lugar. Hoje moro com ela. A gente é muito amiga, mas o meu sonho é ter a minha própria casinha.
Eu estudo, trabalho, faço tudo o que uma menina faz. O difícil é quando eu me apego muito a uma pessoa porque daí quero contar, não tenho coragem e acabo me sentindo mal por estar escondendo algo de quem eu gosto.
Quando os meus amigos vêm em casa, eu tenho que esconder os remédios. É péssimo. Se eles me perguntarem se eu estou doente e eu vou dizer o quê? Vou continuar mentindo e me sentindo ainda pior?
Até hoje, eu contei para pouquíssimas pessoas. Elas não acreditam quando ouvem. Acham que estou inventando porque todo mundo imagina que quem tem HIV é machucado, feio, deprimido.
Não tive que passar por essa crise com o meu primeiro namorado porque ele era irmão do meu cunhado e, por isso, sabia de tudo. É bom perceber que a gente pode mesmo fazer de tudo, inclusive namorar.
Ficamos juntos por 3 anos. Agora, faz mais de um ano que eu estou namorando uma menina. Ela também sempre soube que eu tinha o vírus porque, antes de eu me apaixonar por ela, nós éramos muito amigas.
A mãe dela me trata como filha, mas não sabe que somos namoradas nem que eu sou soropositiva."
Natália, 14 anos, Rio de Janeiro
"Meu maior apoio é o meu pai. Ele também é soropositivo e faz tratamento junto comigo, vamos os dois fazer os exames, às consultas médicas... Foi ele quem me criou porque minha mãe morreu quando eu tinha 3 anos. Ela passou o vírus para a gente.
Pra mim, o mais difícil de ter HIV é ter que tomar os remédios. Eu detesto. Nessa hora, eu me lembro de que eu não sou uma menina normal, é a constatação de que a doença existe e vai estar ali pra sempre.
Mas eu inventei um jeito de aliviar esse sofrimento. Eu amo Malhação. Então, todo dia tomo os comprimidos na hora que está começando a novela. Daí, eu me distraio e deixo de pensar no assunto.
O resto do meu dia-a-dia é bem normal: estudo - quero ser médica pra poder ajudar as pessoas com o vírus -, faço teatro e saio muito com as pessoas do grupo de apoio, que é como nossa família.
Eles são os únicos que sabem que eu tenho aids. Para os outros amigos, eu prefiro não contar. Tenho medo de perder as amizades, como aconteceu com um menino que eu conheço. Depois que ele contou, todos os amigos se afastaram - quer dizer, nem eram amigos porque se fossem teriam ficado do lado dele.
Ninguém nunca desconfiou. Às vezes, eu deixo escapar que vou ao médico e, se alguém pergunta, invento que faço tratamento para diabete. Ainda não precisei contar para namorado porque ainda não tive um. Mas já decidi que, para o garoto saber, a gente vai ter que estar junto há pelo menos um ano.
Aí, vai ter dado tempo de perceber se ele merece minha confiança ou não. Meu pai ficou quase noivo 3 vezes e as 3 foram embora quando ele contou que era soropositivo. Dói muito.
Eu não vou passar pela mesma coisa. Eu quero muito casar e sei que não vai ser fácil encontrar um cara soronegativo que me aceite. Não passo os dias sofrendo com isso, mas é uma coisa que me preocupa, digamos, em 50% do tempo."
43% dos jovens entre 15 e 24 anos não usaram preservativo na última relação sexual.
11,8 milhões - É o número de jovens* que vivem com o vírus da aids no mundo.
50% dos jovens sexualmente ativos não acreditam correr o risco de contrair o HIV
1885 - É este o número de garotas** brasileiras contaminadas pelo HIV, de 2000 a 2005
* De 10 a 19 anos
** De 15 a 24 anos

(http://planetasustentavel.abril.com.br)

sábado, 26 de novembro de 2011

Rir com o cérebro


Abra uma revista feminina e estarão lá todas as dicas para a felicidade eterna: como fazer um casamento durar, como relacionar-se bem com seu chefe, como manter uma amizade, etc, etc. Quem leu uma reportagem leu todas: elas são unanimes em dizer que é fácil descomplicar a vida. Será?
Existe, sim, uma maneira de dar alívio imediato para as agruras da nossa sacrossanta rotina. Anote aí a palavra mágica: humor.
Nada de novo no front. A maioria das pessoas sabe que o humor é o melhor paliativo para o caos emocional em que vivemos. Só que não funciona para todos: um grande contador de piadas não é, necessariamente, feliz. Humor nada tem a ver com palhaçada. Não é preciso mostrar todos os dentes.
Humor é uma maneira de enxergar o mundo. E o olhar irônico, crítico e, por vezes, benevolente de quem sabe que nada deve ser levado demasiadamente a sério.
Quantas vezes você viu Woody Allen gargalhar? E Paulo Francis, Millôr,Verissimo? Ri melhor quem ri com o cérebro. Muita gente se queixou dos comentários de Arnaldo Jabor na entrega do Oscar. A troco? Por que ele deveria reverenciar um glamour que acha careta, por que deveria calar diante da magnificência da festa? Billy Cristal zombou de tudo e de todos, mas dentro do script. Jabor fez apenas o papel de Jabor: ácido,independente e do contra. O mau humor também pode ser engraçado, e vale lembrar que todo humor é transgressor.
O estresse não compensa. Você gastou uma fortuna num vestido e, quando vai estreá-lo, dá de cara com um par de vaso. Seu marido disse que ia chegar às oito, mas chegou às dez. Sua mãe disse que iria buscar os ingressos do teatro, mas esqueceu. O hóspede que iria ficar só dois dias já está dando ordens para a empregada. Você é entrevistado por alguém que lhe chama o tempo inteiro de Fernanda, e você é Sílvia desde criancinha. O cachorro da sua amiga apaixonou-se perdidamente por sua perna. O pão acabou justo na hora do café. Sua meia-calça desfiou. Seu voo atrasou. Seu cheque voltou. Ou você passa a ter mania de perseguição ou releva. Depende você sabe do quê Se você ainda não está totalmente convencida, pense em como faz falta o humor na vida de Itamar Franco e como sobra na de Rubinho Barrichello.
Repare como aqueles que relativizam as derrotas têm menos rugas. Pense que, enquanto você controla horário de marido, arruma briga com o zelador e excomunga meio mundo porque sua unha quebrou, tem gente cuja filha foi metralhada na porta do colégio ou cujo pai dorme na rua em busca de uma senha para conseguir atendimento médico. Assovie.
O que as revistas femininas deveriam receitar é: não acredite em tudo o que ouve. Nem em tudo o que diz. Suspenda a descrença quando quiser prazer. Não subestime os outros, nem os idolatre demais. Seja educada, mas não certinha. Faça coisas que nunca imaginou antes. Não minta, nem conte toda a verdade. Dance sozinha quando ninguém estiver olhando.
Divirta-se enquanto seu lobo não vem.
(Martha Medeiros)

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa… que sem amor, a vida não vale a pena.
Martha Medeiros


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A busca continua – sempre


Sem companheiro, é verdade,
mas não sem esperança

Encalhada, titia, solteirona, enjeitada, desquitada. E ainda esquisita, histérica, frígida ou, horror dos horrores, feia. Houve um tempo em que esses termos abomináveis eram comuns para se referir à mulher madura sem marido. Hoje, não apenas estão soterrados na lata de lixo que engoliu tantos preconceitos como são pura e simplesmente inverídicos. Basta olhar à própria volta para constatar: a brasileira moderna que bate na casa dos 40 sem um homem para chamar de seu não tem, em geral, nada do antigo estereótipo da solteirona. Ao contrário, costuma ser vaidosa, bem informada, independente financeiramente e dona de um aguçado foco profissional. Essas mulheres não estão sozinhas, reconheça-se, porque querem. Embora exigentes na hora de escolher o parceiro ideal, elas não desistem de procurá-lo. Querem, sim, como quase todo ser humano, encontrar alguém para compartilhar os bons e os maus momentos da vida, ter uma companhia, um amigo, um amante, uma outra metade.
A notícia ruim é fartamente conhecida: está difícil encontrar um homem assim. A experiência indica que muitas mulheres nessa faixa vão passar grandes períodos sem um parceiro fixo, se é que o terão. A carioca Mônica Lopes é uma dessas mulheres. Morena de sorriso contagiante, dona de uma produtora de eventos culturais, ela tem 47 anos, é solteira e, de 1999 para cá, não teve nenhum relacionamento fixo. Namoros duradouros, com jeito de casamento, foram três nos dezessete anos em que morou na Alemanha, mas, desde que voltou para o Brasil, a coisa não engrenou. "Adoraria amar de novo", diz Mônica. "Não acredito em quem diz que não quer ninguém do lado. Mulher nenhuma quer morrer sozinha." Gerente-residente de um hotel de luxo do Rio de Janeiro, Andréa Natal, de 41 anos, pensa de forma muito parecida. "Gostaria de me apaixonar, ter uma nova história, envelhecer junto com alguém", diz ela, que foi casada por cinco anos, é mãe de um menino, e há sete anos está solteira novamente.
Se os corações estão tão disponíveis, o que tanto impede mulheres assim de encontrar o amor? Em primeiro lugar, elas são produto dos tempos modernos e do próprio sucesso. A partir do momento em que uma mulher consegue prover seu sustento, é muito provável que não aceite um casamento a qualquer preço, do tipo esta é a única saída para a sobrevivência econômica e social. Se casada, também diminuem as possibilidades de que se submeta às frustrações ou humilhações de uma união infeliz. Quando demoram a encontrar um parceiro adequado ou voltam ao mercado emocional, depois de um relacionamento mais longo, essas mulheres caem na armadilha da incompatibilidade etária, pois os homens disponíveis, já escassos, estão interessados em companheiras mais jovens. Por fim, sem encontrar uma companhia, muitas delas se acostumam às vantagens da vida-solo: a independência, as decisões rápidas e não discutidas, a casa inteirinha para si, as manhãs de domingo com uma toalha enrolada na cabeça... Abrir mão disso, pensam, só por um homem que realmente valha a pena. E aí o círculo se fecha: esse sujeito não está à vista.
A maior seletividade é um fato da vida, inevitável. "O grau de exigência da mulher aumentou muito em razão da independência financeira que ela conquistou. Estamos mais criteriosas", concorda Regina Butrus, 47 anos, solteira. Procuradora do Ministério Público do Trabalho, Regina acredita que não é qualquer parceiro que entende a rotina profissional de uma mulher bem-sucedida. "O homem é pouco compreensivo com a mulher que tem uma carreira. É complicado, por exemplo, que ela atenda uma ligação telefônica em casa, no meio da noite, para tratar de trabalho. Não é qualquer um que entende." Em compensação, mulheres resolvidas profissionalmente tendem a valorizar menos o histórico papel de provedor do homem. "Não preciso de um homem que ache que sua função é me ajudar a ir em frente", diz a empresária mineira Fátima Lomba, 37 anos, uma filha. "Quero um homem legal, para andar de mãos dadas, ir ao cinema. E que também me ofereça um ombro para eu contar minhas tristezas." Dona de uma badalada butique no Rio de Janeiro, Fátima teve um casamento de dez anos e se separou há seis. Desde então, não surgiu nenhum namoro sério. "Cheguei a ficar dois anos sem dar um beijo na boca", confidencia.
Acusadas de estar sozinhas devido a um grau de exigência impossível de ser atendido, mulheres como Fátima insistem em desmentir a fama de enjoadas. "Não precisa ser um homem com poder aquisitivo alto. Nem precisa ser um homem culto, mas tem de ser inteligente", diz Fátima. "Adoro homem careca, com uma barriguinha. Pode ser até um gari. Mas não pode ser um perdedor. Ele terá de ser o melhor dos garis", avisa Mônica Lopes. Onde encontrar esse par, que, se não é o príncipe encantado, é pelo menos um parceiro aceitável? Ergue-se aí outro obstáculo: para profissionais ocupadas com o trabalho e, eventualmente, com filhos, sobram poucas opções. Endereços habituais, como barzinhos e outros pontos de balada, além de pouco produtivos, podem passar exatamente a imagem oposta à desejada – a da mulher desesperada, a fim de qualquer coisa. "Não gosto de nenhum tipo de programa que dê a impressão de que estou à caça", diz Regina Butrus. "Não vou a uma boate sozinha, nem a bares." Como dica de lugares para conhecer alguém interessante, a gerente Andréa Natal já ouviu coisas que seriam piadas, se não fossem sérias. "Me aconselharam a entrar de sócia para um clube ou que eu passasse a freqüentar alguma igreja", conta.
E a falta que um homem faz? E o sexo? E o vazio no coração? "Aprendi a curtir a solidão", diz Andréa. "Descobri que posso ficar bem lendo um livro, cuidando das plantas, passeando com o cachorro. Não é uma solidão triste", garante, embora confesse que adoraria ter um homem do lado na hora de ler o manual do novo videocassete, por exemplo. "Mandar o carro para o conserto e abrir vidro de palmito também são tarefas que os homens desempenham como ninguém", lembra, com humor, Regina Butrus. Desenvolvem-se também alternativas discretas para algumas das carências. "Há uma legião de mulheres que têm amigos que ajudam a dar uma aliviada na tensão sexual", conta Mônica Lopes. É um tipo de parceria sexual e de amizade que, segundo ela, convém aos dois lados. Há, porém, limitações óbvias. "Orgasmo faz bem ao corpo e à alma, mas não fico plenamente satisfeita. Há mais sensação do que emoção", analisa Mônica, que também não gosta de sexo casual, com quase desconhecidos, à moda do "ficar", como fazem os mais jovens. Fátima Lomba é de outra opinião. "Sou como adolescente, também 'fico'", diz. Numa dessas, ela se descuidou. Entre a data em que foi entrevistada para esta reportagem e o dia em que posou para as fotos, descobriu-se grávida de um parceiro ocasional. Resolveu assumir a alegria e o desafio de ser mãe por conta própria. Não desistiu, porém, de encontrar um companheiro. A busca continua.
(Por Marcelo Camacho - http://veja.abril.com.br/especiais/mulher_2003/p_052.html)

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Aprendendo a amar...


De repente, o amor acontece em sua vida!  Um insight mágico; o encontro com o Amor!  Não se sabe quando o amor vai aparecer! Estando alegre ou triste, esperando por ele ou não...  Ele vem!
Pode estar mergulhada numa solidão imensa, nos terrores noturnos da insônia.. Enfim, tudo muda inexoravelmente. No entanto, quando o amor aparece em sua vida é necessário estar em um estado de graça muito especial: elevada auto estima. Quando se está muito amargurada, magoada... Fica difícil reconhecer o grande cometa do amor despontando no céu da sua vida.
Tudo fica maravilhoso de repente! Você se pega olhando no espelho várias vezes ao dia. Quer ficar mais bonita e desejável para ele. Sua audição mais aguçada. As músicas têm agora o poder de levar seu pensamento até seu amor. Todos os sentidos despertam! Os olhos brilham muito; um dos sintomas maravilhosos de se estar apaixonada!
É o encantamento da fase inicial! É a apreciação do homem amado. Ele parece perfeita para você! Gosta do seu corpo, do tom da voz, dos olhos e dos gestos. Parecem até que vocês têm os mesmos gostos e afinidades. Vem aquela sensação que ele é sua alma gêmea. Você gosta da companhia do homem amado. Tudo ao lado dele parece melhor. Ir ao cinema, fazer compras, passear de mãos dadas ou jogar conversa fora. Na intimidade, seus corpos se identificam. Você gosta dos beijos dele, do cheiro do seu corpo e passam muito tempo fazendo amor.
Sua vida muda muito! Ele sabe ouvi-la com paciência. Sabe até niná-la, quando você está com problemas ou adoentada. Este encantamento poderia durar para sempre! Um banho de amor!
Passada a fase do puro encantamento surge outra etapa. Este mundo é assim! Nada fica como está! Um dia, você percebe o outro lado do ser amado. Aquele dia ele estava mais nervoso, até elevou o tom de voz! Ou então, percebe ciúme intenso no seu modo de agir. O que deve fazer quando a fase de encantamento passa para a fase do despertar? Começa a ver seu príncipe encantado como um homem de verdade! Um homem de verdade fica nervoso, se aborrece, se irrita....Às vezes, pode se tornar egoísta, exigente... Enfim... o Amor não é apenas um pacotinho de guloseimas gostosas. Neste pacote, podem vir quitutes amargos. Você continua apaixonada... Mas, a intensidade parece diminuir um pouco. Vem o primeiro desentendimento... No entanto, as briguinhas de amor têm um grande fator afrodisíaco: reacendem a chama. Se vocês dois passam alguns dias afastados um do outro, quando se reencontram é uma sensação deliciosa. É reconfortante descobrir que o homem de carne e osso pede desculpas e se arrepende dos erros cometidos. Descubra também a sensação boa do perdão num relacionamento. Ambos devem reconhecer os erros e recomeçar...
Outra etapa vem com força. O relacionamento fica mais forte e você sonha. A gente quer sempre mais, não é? Os encontros apenas nos finais de semana não bastam. Você quer ver o seu amado com mais freqüência. Aí, começam as cobranças. Afinal, o ser humano num relacionamento, quer mais receber do que dar amor. Nós, mulheres, às vezes cobramos muito num relacionamento. Se você é muito jovem, poderá pensar em noivado ou um compromisso mais sério. Se está mais madura e já se casou uma vez... sonhará em "juntar os trapinhos" com seu amor. Aí, vem outra etapa: os outros. Nesta etapa, o "nós" dá lugar aos outros como: família, filhos, mãe, pai, enteados.
Fatores externos como a família, podem interferir no relacionamento. Seu namorado não a apresenta para a família. Quer entrar de "mala e cuia" para o rol da família dele. Esta é sua expectativa, mas será que é a dele? Está doidinha para se casar de véu e grinalda. Ele não! Quer esperar a promoção no emprego ou comprar um carro novo. Você gostaria muito que ele paparicasse os seus filhos. Deseja um padrasto maravilhoso para seus rebentos. Ou então, não simpatiza muito com a mãe dele e o ele faz todas as vontades da querida mãezinha. Nesta fase, descobre que o seu namorado, além de ser apenas um homem de carne e osso... Tem família e até objetivos diferentes dos seus.
O casal deseja investir mais no relacionamento. No entanto, aparecem diferenças de opinião. Aí se fecham em copas. Ninguém cede ou arreda pé da sua maneira de pensar. Fica difícil manter o encantamento numa situação dessas. Poderá vir uma briga muito feia.
Vem uma fase dolorosa, um teste para o futuro do relacionamento: pensam se vale à pena prosseguir na relação. Parece que os problemas são maiores do que o próprio amor. O que fazer? Sofre porque sabe que a dor de perdê-lo talvez seja bem maior. No entanto, continuar do jeito que está também faz sofrer.
O que fazer? Como voltar a fita... E a sensação de encantamento dos primeiros tempos? Desistir...? Procurar outra pessoa? Hoje em dia, as pessoas não têm muita paciência. Na primeira dificuldade, desistem do diálogo, da perseverança, da tolerância e terminam a relação. Muitas vezes, se houvesse mais diálogo e compreensão de ambas as partes, o casal superaria a fase mais difícil.
Se o casal supera as fases difíceis, começa então uma fase deliciosa. A confiança no relacionamento e no amor da pessoa amada se fortalece muito. Começam a se descobrir novamente... E, vem novamente aquela fase boa de encantamento. Agora, o casal investirá mais no relacionamento. Fazer planos e construir coisas juntos. O companheirismo transcende. E vocês dois começam a ser exemplo para os outros; uma harmonia invejável. Os problemas surgem, mas não são intransponíveis. Contam com amor e maturidade para superar os obstáculos.
Não basta apenas amar! É necessário muito mais do que Amor para um relacionamento dar certo! O que é dar certo? Casar? Morar junto? Fazer amor sempre? Cada casal tem sua própria expectativa. O ideal é ser otimista e baixar um tanto as expectativas. Nem sempre a sua expectativa é a do outro. O companheirismo, a tolerância, o diálogo e a paciência mantém acesa a chama do amor. Ela é muito delicada e pode apagar logo. O relacionamento que dá certo é aquele que sabe viver as diversas fases boas e ruins com respeito, confiança e muito otimismo. Jamais ameace seu relacionamento, porque esta ameaça diminuir as chances do casal. Jamais fale: "Se você fizer isto, eu termino tudo! Se você fizer aquilo tudo acaba!" Se você está com a pessoa é porque acredita que vai dar certo. Então, porque ameaçar o relacionamento com nuvens de chantagem emocional ou puro egoísmo? Aconteça o que acontecer, não ameace o relacionamento, acredite sempre na vitória do amor. E, se a chama do amor apagar mesmo e vocês mais sofrem do que amam, chega a fase terminal. A decisão do casal é a separação.
Se você conheceu um homem especial, não se deixe derrotar pelos problemas. Enfrente-os junto com a pessoa amada! Desista dos amores descartáveis! Aqueles que nada mais acrescentam ao coração do que momentos efêmeros de paixão! Amar é, às vezes, sofrer junto, chorar, lutar e tentar sempre!
Desista das relações masoquistas: vítima e algoz. Você apenas sofre, chora e o homem continua inacessível a discutir a relação. Os dois têm conversar bastante e investir no relacionamento. Caminham juntos agora. São duas cabeças e dois corações... Não são um só e jamais serão, mas serão dois corações caminhando juntos na mesma estrada!
Lembre-se! Alguém disse: "Você pode se apaixonar várias vezes pela mesma pessoa!"
Boa sorte!

(Sandra Cecília http://www.spiner.com.br)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dor de cotovelo


Sofrimento difícil de ser explicado ou compreendido. Alguns saem dela rapidamente e se preparam para um novo relacionamento amoroso. Outros não! O sofrimento se prolonga quando se ouve a música predileta da pessoa amada, se relembra o perfume ou relê os e-mails .Saudade torturante e solitária. No amor correspondido, há um misto de prazer e alegria na saudade. Você conta os dias e as horas para estar perto do seu amor. Na dor de cotovelo, a saudade só acrescenta sofrimento à sua vida. A dor do amor impossível é uma pedra no seu caminho. Não se aceita a perda da pessoa amada. A falta de aceitação gera muito sofrimento. Alguém pode dizer: "Ah, nós éramos tão felizes! Não me conformo!" Se você não pode reverter a situação, insistir nesta lembrança é perda de tempo!
A dor de cotovelo não escolhe idade, estado civil ou status. Arremessa a sua flecha fulminante no coração do(a) infeliz.  Prefere os amores platônicos, os impossíveis e os sofridos. A dor de cotovelo se satisfaz com migalhas de sentimento. “Ele não me telefonou, mas  recebi um cartão virtual. Quem sabe!”- você pensa num ensaio de tímida esperança. “Ela rompeu o namoro, mas, de vez em quando, telefona!” “ Ele desligou o celular, não atende meus telefonemas, mas gosto dele assim mesmo.”
 A impossibilidade do amor correspondido  alimenta a dor de cotovelo.  A idéia de tentar recomeçar a vida provoca desânimo. Para que? Você alimenta a dor de cotovelo na esperança de que, um dia, você seja correspondido!  Nessa fase, a pessoa amada só tem  mistérios e qualidades. 
 Foi descoberta a cura para a dor de cotovelo! Há vida após a dor de cotovelo.  A ação do tempo suaviza as dores. O ser humano tem uma capacidade admirável de se recuperar de traumas e  amores sofridos. Ele procura a felicidade! Procura as delícias de um amor correspondido. A dor de cotovelo desaparece através da  reflexão e do autoconhecimento. Ela se alimenta de ilusão e você precisa da realidade para viver. Sofra o que tem de sofrer, esgote o seu cálice, mas não deixe a dor de cotovelo abalar a sua auto estima a ponto precipitá-lo no abismo da depressão.
O tempo passa independente da sua dor e sofrimento. Energia voltada para um amor não correspondido é energia desperdiçada em sua vida. A vida passa incólume junto com sua dor, amores, momentos felizes e tristes. A cura da dor de cotovelo está em seus pensamentos e na volta da auto-estima.  No sopro revigorador da Esperança! Você merece ser feliz! Algumas pessoas se agarram aos amores impossíveis, porque é melhor viver com o ruim do que enfrentar o desconhecido. Isso é ilusão!
Por que sofrer tanto? Ele(a) merece tanta dor? Aos poucos, limpe sua alma da contaminação do sofrimento. Livre-se de toda a lembrança externa do amor dolorido: as fotos, os cds, os e-mails. Liberte-se do passado. A dor não vai embora de uma hora para a outra, mas confie no próprio restabelecimento.
 Procure o apoio da família e dos amigos. Mantenha-se ocupado e procure atividades prazerosas. Passará por recaídas, lágrimas e noites mal dormidas. Alguém me disse um dia: "Dói muito a dor de cotovelo. Sinto a falta física do meu namorado. A falta dos seus beijos e abraços." Deixe o sofrimento se esvair nas lágrimas, mas  depois,  tome um banho morno e se recomponha. Os sofrimentos não duram para sempre! Você está com sua capacidade de amar intacta! Pense nisso! Pense nas inúmeras qualidades que você possui! E o quanto poderá fazer alguém feliz! Neste momento ,vale a pena  relembrar somente os  defeitos do seu ex-amor. Isso ajuda na cura e o liberta da ilusão.
 Agora, se ainda há esperança de reconciliação  esqueça o orgulho. Abra o coração ao diálogo. Quem sabe! Quem sabe, seu amor espera por uma nova chance!  .
 No entanto, se você sofre e não é correspondido, a dor de cotovelo um dia vai embora. Pare de alimentá-la e se fortaleça! Quando estiver pronto(a) abra o coração para um novo amor! Confie um pouco mais em você e na vida!
DELETE a dor de cotovelo! Seja feliz!

(Sandra Cecília http://www.spiner.com.br)

domingo, 20 de novembro de 2011

HOMENS X MULHERES: EMPATE TECNICO


O primeiro episódio da Comédia da Vida Privada contava a história de três casais, um deles formado pela atriz Fernanda Torres e pelo ator Marco Nanini. Numa das cenas, ela está na cozinha e ele na sala lendo o jornal, até que ela se aproxima com um vidro de conserva nas mãos e pede para ele abrir. O marido tenta, faz força, mas não consegue e devolve o vidro fechado à mulher. Ela tem um treco. Implora para ele tentar outra vez. Ele tenta e nada. Ela fica descontrolada. Diz que se ele não conseguir abrir o vidro será o fim do casamento deles. O marido não entende o que uma coisa tem a ver com a outra. Por quê? 
- Porque essa é a única coisa que você faz nessa casa que eu não faço melhor sozinha!
Essa agora: nossos queridões correndo o risco de serem descartáveis. A revista Veja de duas semanas atrás estampou um alerta na sua capa: "Os homens que se cuidem". A reportagem mostrou que a cada dia aumenta o número de mulheres assumindo postos de alto comando nas empresas, anteriormente cadeiras cativas masculinas. Levanta-se uma suspeita: assim como fomos secretárias e telefonistas durante décadas, quando nosso par de pernas valia mais do que o nosso currículo, talvez daqui a algum tempo sobrem para os homens apenas os cargos de mestres-de-obras e leões-de-chácara, onde os músculos importam mais do que o cérebro. Será? Não aposto um níquel nisso. Enquanto a mulher não desistir de ter filhos, os homens estão garantidos. Ninguém pode, como eles, dedicar-se integralmente ao trabalho sem precisar pensar no cardápio para o almoço. Só mesmo um homem para enfrentar uma reunião de três horas sem olhar uma única vez para o relógio, ao contrário das mulheres, que controlam os minutos para buscar a caçula no colégio e levá-la ao pediatra. Um empresário não se preocupa se a temperatura cai bruscamente no meio da tarde. Uma empresária se preocupa e muito, porque deixou os dois filhos no clube vestidos como se estivessem em Fortaleza. Os homens podem ser instrutores de paraquedismo 365 dias por ano. As mulheres também, caso não estejam no oitavo mês de gestação. Os homens passam em casa à tardinha para fazer a mala e avisar que vão passar três dias em São Paulo, a negócios. Dão um beijo em cada filho e adeuzinho. As mulheres também passam três dias em São Paulo a negócios, mas antes de fazer a malinha precisam convocar uma avó para assumir o plantão, ir ao supermercado reforçar a despensa, ver se os uniformes das crianças foram passados e devolver as fitas de vídeo na locadora. Feito isso, aí sim, lá vão elas para o aeroporto assumir seus papéis de executivas, não sem antes checarem pelo celular se as crianças escovaram bem os dentes. Nessa guerra dos sexos, onde a igualdade é visível e palpável, o laço que prende a mulher à vida doméstica passou a ser a vantagem do homem. Melhor nem pensar sobre que espécie de concorrente nos transformaríamos se pudéssemos, como eles, sair de casa pela manhã sem olhar para trás. A maternidade e a administração do lar, que ainda não foram divididas irmamente, nos enriquecem como fêmeas, mas nos deixam com dois corações no mercado de trabalho. Se um dia a tampa desse pote afrouxar, aí sim, rapazes, comecem a rezar.
(Martha Medeiros)

sábado, 19 de novembro de 2011

Qual é o valor da amizade?


Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que nasce. Mas é possível selecionar os amigos, que são como a extensão da vida.
A amizade, um dos sentimentos mais nobres que existem, nasce de forma espontânea, pura e vai se desenvolvendo até chegar à maturidade. 
Caracteriza-se por uma afinidade muito grande com alguém, baseada no amor, no carinho, na ternura, no respeito, na compreensão, na troca e na ajuda.
É um sentimento muito sincero, que não depende da idade, de dinheiro e de posição social.
O amigo é um dom precioso. A própria Bíblia diz que "quem encontrou um amigo encontrou um tesouro".
A amizade é um sentimento limpo, verdadeiro e profundo.
Instiga a pessoa ao apoio e ao incentivo, quando as coisas estão bem. E à correção, com muito jeito e carinho, quando estão erradas.
Amigo é aquele que está sempre presente, que adivinha o pensamento do outro, sem melindrá-lo; que é sincero e faz da amizade um ponto positivo na vida.
No relacionamento diário, entra-se em contato com muitas pessoas.
Mas o amigo torna-se alguém diferente, especial e único. E visto com outros olhos, uma pessoa por quem a gente torce, vibra e sofre. Está presente nos bons e nos maus momentos; é amado e tratado com muita sinceridade.
Além da afinidade, a amizade sólida baseia-se no convívio, na compreensão e na manifestação desses sentimentos profundos.
Por essa razão, é um processo. Não nasce pronta. A relação deve ser construída e trabalhada dia a dia, por ambas as partes, porque exige reciprocidade.
É como cultivar uma planta que, se não for regada com freqüência, morre.
A amizade, quando não cultivada, desfalece, esfria e acaba.
Quem gosta de outra pessoa não deve ter orgulho. Quando se é amigo, releva-se os defeitos e até o gênio difícil e a impaciência do outro. A compreensão é uma característica da amizade.
Os sentimentos são livres e descontraídos, expressos sem cobranças.
Numa grande amizade, as pessoas são fiéis. Ao amigo se fazem confidências, que, às vezes, não foram feitas a ninguém. Há uma entrega do que se é, pois não há traição nem mesquinharias.
O amigo sempre está pronto para tudo e se pode contar com ele em qualquer momento ou situação de vida. Mais que um irmão, o amigo é a oportunidade que Deus dá a cada um para encontrar sua metade.
Com ele, a pessoa pode se revelar verdadeiramente: dizer não, sem medo de ferir; sim, sem medo de bajular; e as verdades, sem medo de ofender. Isso porque se acredita na amizade, por ela ser isenta de paixão.
Num relacionamento assim, não existe inveja, orgulho, rancor ou grandes mágoas.
A verdadeira amizade é eterna, como o amor. Com o amigo, inexiste a censura e o medo de ser por ele conhecido a fundo.
Nesse relacionamento, tudo vem à tona: as fraquezas, os limites, os defeitos, mas também as grandezas de alma e os aspectos positivos.
Tudo é aceito, partilhado e vivenciado para o crescimento de ambos.
A amizade é uma ligação espiritual, que deixa a impressão de que sempre se conheceu o amigo. Isso ocorre porque ele preenche a outra metade da pessoa. Da mesma forma que se encontra o amor, encontra-se também o amigo. Trata-se de uma preferência de identificação, de carinho, de ternura e de vontades.
Atualmente, existem poucas pessoas que têm amigos e se fazem amigas. Há, também, as que vivem no seu próprio mundo, em que ninguém entra. Outras, por timidez, insegurança ou desconfiança, temem se arriscar, privando-se de uma das melhores coisas que Deus criou.
Aqueles que são profundamente infelizes com certeza não conseguiram experimentar a alegria de uma verdadeira amizade. Não se abriram para o outro e morrerão sufocados pelo seu egoísmo.
A infelicidade existente no mundo resulta da incapacidade de as pessoas criarem vínculos de amizade e confiarem nas outras. Elas pensam só em si mesmas, revelando um egoísmo exacerbado.
Não se dão ao trabalho de tentar construir uma amizade. Não se arriscam. Preferem ficar sozinhas. Há uma carência de sentimentos positivos relacionados às outras pessoas.
Por que será que é tão difícil alguém encontrar o lado positivo do outro?
Quando os homens descobrirem o valor da amizade, a vida se tornará melhor, porque vale a pena sentir a felicidade de contar incondicionalmente com alguém.
Você só terá um amigo, quando for amigo de alguém!


(http://www.vidaevalores.org)

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Encalhada



Quando uma mulher, após permanecer por algumas parcas semanas solteira, é considerada encalhada, a gente passa a enxergar como se deturpou o conceito de relacionamento. Estar solteira hoje em dia tem um sentido bem menos amplo que antigamente. Passam-se algumas semanas sem um namorado e chovem convites para churrascos que irão desencalhar esta mulher, como se ficar com um punhado de testosteronas ambulantes fosse mudar a condição de solteira atual.
Não muda, isso é fato. Mas, para muita gente, ficar é uma maneira de estar solteira sem se estar sozinha. Se alguém entendeu esta frase, por favor, me explique. Matutei por não menos que duas horas por alguma lacuna semântica que encaixasse no que eu sinto, mas não consegui. Não veja graça em sair catando homem como tomada por uma espécie de calor interno que me impedisse de passar um fim de semana em casa, não vejo graça em me apresentar para alguém e cinco minutos depois estar aos beijos. Não vejo graça, e me perdoem a possível caretice inserida nisso, mas eu sou do time que prefere o romantismo contido num namoro duradouro. E se está cada vez mais difícil encontrar homens que pensem como eu, é por culpa das mulheres que desistiram do sutil jogo da sedução e acabaram aceitando algo mais fácil, uma noite com cinco pessoas, misturando nomes com salivas indeterminadas, resumindo a festa numa ressaca emocional sem dia seguinte. Eu não tiro a razão delas — há épocas destinadas à experimentação. No meu caso, este período durou um dia apenas e logo após isso vi que não tinha muito talento para tais modernidades.
Meu ensaio-erro é outro. A melancolia que me toma algumas semanas antes do dia dos namorados é mais fundamentada na solidão que inevitavelmente se adquire se é alguém como eu do que no estar sozinha ou não. Estar namorando nem sempre garante a ausência do sentir-se sozinho, ficando então nem se fala. Não vou morrer por passar outro 12 de junho sozinha, aproveito esta data de outras formas. É apenas uma data tão comercial quanto o Natal se tornou. Dia dos Namorados, quando eu estou namorando, é todo dia.
Durante um bom tempo, acreditei piamente que as sucessivas decepções de minha vida amorosa tivessem um pé nessa minha tendência à oficialização. Hoje, vejo que não há relação alguma. Está na personalidade de cada um querer ou não ter alguém que valha a pena ao seu lado, é uma questão de personalidade, não de vanguardismos. Quem quiser que fique, eu não consigo, me desculpem. Se ser encalhada é deixar de buscar por sentimentos sinceros, assumo-me uma encalhada eterna. Não tenho vocação para pandeiro, não saio de mão em mão para que o samba continue. Meu ritmo é outro. A dança comigo possui passos um pouco mais elaborados. Coleciono as rosas, coleciono os momentos, os olhares, os carinhos. E quando a festa acaba, eu quero mais do que um telefone ilegível num guardanapo de bar.
(Por Jamie Barteldes - http://www.patio.com.br/cronica/2004/setembro/encalhada.htm)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sou cafajeste


Caras charmosos e sensuais como eu nunca querem nada sério com uma mulher só. Então, caso se depare com um, cuidado: você corre o risco de se apaixonar e sofrer.

Veja algumas dicas para não cair na lábia de caras como eu:

1 - Fale pouco de você evite entregar informações importantes a seu respeito logo de cara. Cafajestes de carteirinha se aproveitam disso para fazer com que as mulheres fiquem caidinhas. Se você disser que gosta de pagode, é capaz de um roqueiro convicto dizer que nasceu com o samba no pé só para te arrastar para a cama.

2 - Se ele de repente disser que vai viajar, desconfie, ele pode estar planejando uma viagem para a praia com a outra.

3 - Ele tem um ataque cada vez que você chega perto do celular dele, quem não deve não teme...

4 - Celular desligado porque está trabalhando é história para boi dormir, ele está na gandaia !

5 - Ele tem muitas amiguinhas ? cuidado ! Ele pode estar aprontando com uma dessas queridas "colegas de infãncia" neste exato momento.

6 - Cadê ele nas redes sociais ? Você não acha estranho que só ele não tenha Orkut ou Facebook ? Acorda, ele está escondendo alguma coisa.

7 - "Eu te amo" avalie se a frase não foi dita só pra conseguir algo em troca, principalmente na cama.

8 - É claro que existem muito mais segredos, mas se eu revelar todos vou me dar mal, porque esse é meu estilo de vida. Cafa que se preste não pode contar tudo senão a "firma quebra" !

(http://www.madapara.com.br/cafajeste.html)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Viajar para dentro


Os brasileiros estão viajando mais. Não só para Miami, Cancun e Nova York, mas também para o Nordeste, Pantanal e Rio de Janeiro. Pouco importa o destino: a verdade é que os pacotes turísticos e as passagens mais baratas estão tirando as pessoas de casa. Muita gente lucra com isso! como os donos de hotéis, restaurantes, locadoras de automóveis e comércio em geral. Alguém perde? Talvez os psicanalistas. Poucas coisas são tão terapêuticas como sair do casulo. Enquanto os ônibus, trens e aviões continuarem lotados, os divãs correm o risco de ficar às moscas.
Viajar não é sinônimo de férias, somente. Não basta encher o carro com guarda-sol, cadeirinhas, isopores e travesseiros e rumarem direção a uma praia suja e superlotada. Isso não é viajar, é veranear. Viajar é outra coisa. Viajar é transportar-se sem muita bagagem para melhor receber o que as andanças têm a oferecer. Viajar é despir-se de si mesmo, dos hábitos cotidianos, das reações previsíveis, da rotina imutável, e renascer virgem e curioso, aberto ao que lhe vai ser ensinado. Viajar é tornar-se um desconhecido e aproveitar as vantagens do anonimato. Viajar é olhar para dentro e desmascarar-se.
Pode acontecer em Paris ou em Trancoso, em Tóquio ou Rio Pardo. São férias, sim, mas não só do trabalho: são férias de você. Um museu, um mergulho, um rosto novo, um sabor diferente, uma caminhada solitária, tudo vira escola. Desacompanhado, ou com um amigo, uma namorada, aprende-se a valorizar a solidão. Em excursão, não. Turmas se protegem, não desfazem vínculos, e viajar requer liberdade para arriscar.
Viajando você come bacon no café da manhã, usa gravata para jantar, passeia na chuva, vai ao supermercado de bicicleta, faz confidências a quem nunca viu antes. Viajando você dorme na grama, usa banheiro público, come carne de cobra, anda em lombo de burro, costura os próprios botões.
Viajando você erra na pronúncia, usa colar de conchas, troca horários, dirige do lado direito do carro. Viajando você é reinventado.
É impactante ver a Torre Eiffel de pertinho, os prédios de Manhattan, o lago Como, o Pelourinho. Mas ver não é só o que interessa numa viagem. Sair de casa é a oportunidade de sermos estrangeiros e independentes, e essa é a chave para aniquilar tabus. A maioria de nossos medos são
herdados. Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e conhecimento. Viajar minimiza preconceitos. Viajantes não têm endereço. partido político ou classe social. São aventureiros em tempo integral. Viaja-se mais no Brasil, dizem as reportagens. Espero que sim. Mas que cada turista saiba espiar também as próprias reações diante do novo, do inesperado, de tudo o que não estava programado. O que a gente é, de verdade, nunca é revelado nas fotos.
(Martha Medeiros)

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amigos e amantes - como dosar isso no relacionamento


É cientificamente comprovado que a paixão não dura para sempre. O pavor de perder a pessoa, o ciúme descontrolado e a necessidade de estar com o parceiro o tempo todo passam naturalmente. E enquanto as labaredas vão diminuindo, nasce o amor, um sentimento mais tranquilo, mais sereno. E passados alguns anos, esse mesmo amor sofre novas transformações, abrindo espaço para o companheirismo.
É muito comum alguns casais entrarem em crise nessa fase, acreditando que o desejo um pelo outro chegou ao fim. Mas a interpretação não deve ser bem essa. "No processo de mudança, o segredo não é ‘aceitar’ a nova fase como ato de comodismo e sim reconhecer as grandes novidades que ela pode proporcionar, é um novo e maduro amor que está nascendo", orienta a psicologa Margarida Antunes Chagas.
Um relacionamento sólido não pode ser construído tendo como base a paixão, que deixa seus envolvidos parcialmente "cegos". Portanto, o casal que pretende alcançar o tão sonhado "felizes para sempre", precisa encontrar um no outro não somente o desejo, mas também características que são compatíveis com suas respectivas interpretações de mundo, que os remetam a sentimentos de confiança, lealdade, carinho e amor. Dra. Margarida comenta: "A paixão se acaba em dois anos. O que sobra é a serenidade da companhia, a confiança e cumplicidade e, é claro, duas pessoas alimentando a brasa do desejo e do amor para que eles nunca cessem", diz. "A transformação, seja ela em qualquer campo de nossas vidas, é benéfica. Quer dizer que passamos para outra fase, que conseguimos enxergar a vida de outra forma, na maioria das vezes com mais segurança e maturidade. Pensando assim, existem diversos pontos positivos em ‘casais amantes amigos’".
A especialista afirma que os casais que conseguem passar por esta transformação de forma tranquila ou com a ajuda de um profissional têm como recompensa a união de duas forças: o amor e a amizade. Isso prova que deixar aflorar o companheirismo na relação não quer dizer que o chama se apagou. "Eu atendo casais e pela minha experiência posso dizer que quando parceiros em crise retomam as atitudes de companheirismo, com elas renascem a união, o entendimento mútuo e o desejo sexual."A transição da paixão desmedida para o companheirismo, segundo Dra. Margarida, acontece de maneira natural quando é implícita. Porém, se uma das partes simplesmente começa a apresentar comportamentos diferentes dos habituais, é hora de sentar e conversar, não deixando que a situação chegue ao limite.
"Uma forte característica de casais em crise é colocar a culpa em um terceiro. Ninguém e nem nada é capaz de acabar com o sentimento de duas pessoas que realmente querem ficar juntas", afirma. "Muitas vezes, basta uma conversa esclarecedora para que o casal consiga interpretar e resolver a situação juntos. Se acharem necessário a intervenção de um profissional, devem fazer o quanto antes. Admitir erros e aceitar mudanças é sinal de inteligência e de uma vida mais saudável e feliz".
Fonte: Vilamulher

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Quando um não quer...


Volta e meia leio notícias sobre casais famosos que se separam depois de anos de relacionamento. Quando são questionados sobre quem tomou a iniciativa do desenlace, a resposta quase sempre é um primor de civilidade: comum acordo. Um dia acordaram e descobriram juntos, às nove horas, 24 minutos e 15 segundos, que o amor havia acabado. Cada um puxa sua mala de cima do armário e ruma para uma nova vida. Um serviço limpo. Sei. Nem um expert em água-com-açúcar conseguiria criar uma cena tão
inverossímil. Ninguém deixa de amar o outro no mesmo instante em que deixou de ser amado. Se isso fosse possível, a palavra rejeição seria banida do vocabulário. A verdade é que sempre tem alguém que toma a iniciativa de romper, e mesmo que as coisas estejam péssimas, mesmo que não haja outra solução a não ser o divórcio, quem fala primeiro levanta mais rápido.
Comum acordo, só na hora de se aproximar. O casal se estuda, se procura, se encontra e o primeiro beijo vem com garantia de reciprocidade. Daí em diante é festa. Até que ambos, em silêncio, começam a avaliar o relacionamento. Os lábios ainda se tocam, mas os cérebros mal se cumprimentam. Cada um analisa o que está acontecendo sob um prisma absolutamente particular, até que um deles solta o verbo e se despede.
Sobra aquele que ficou quieto.
Não existe separação sincronizada, e essa talvez seja a grande dor do adeus. Quem é dispensado carrega a mágoa de não ter sido consultado, de não ter tido a delicadeza de um aviso prévio, e pior, de ver-se frente a frente com um destino que lhe foi imposto. Mesmo não havendo mais amor, o orgulho fica sempre machucado. Fim de caso é dor dividida: os dois lados sofrem com a saudade e a frustração. Mas o dono das rédeas, o que teve a coragem de deter a carruagem no meio do caminho, esse tem sua dor diluída na força que lhe foi conferida pela decisão. A combinação é cada um ir para o seu lado, mas apenas um consegue partir. O outro fica ali, parado, procurando entender a imensa distância que as palavras podem provocar.
Solução? Faro fino e rapidez. O cara diz: preciso falar com você, e você responde: sem problema, pode ficar com as crianças nas quartas e sábados. Ele diz: tenho o maior carinho por você, mas... e você emenda: eu entendo, eu também me apaixonei por outra pessoa. Isso é que é diálogo de primeiro mundo, não aquele duelo de gaguejos, acusações e histerismo. Já sabe: se hoje à noite ele vier com um papo tipo: olha, eu queria... nem deixe o safado continuar. Encerre você o assunto: pode ficar com os discos do Piazolla, mas o microondas é meu. Prevenção nunca é demais. Talvez ele queira apenas convidá-la para jantar, mas vá saber.
(Martha Medeiros)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Tempo com os filhos


Filhos que estão na escola meio período e quando chegam, não podem ficar em casa com empregada e se atiram em diversas atividades. Além da escola, têm aula de natação, computação, judô, etc…. etc….
Esse é o quadro que temos hoje. Comum, sem dúvida, mas eficiente? Terão consequências ou já as têm que talvez nem estejam sendo identificadas pelos pais?
O tempo com filhos tem sido negligenciado ou considerado pouco importante pelos pais e, principalmente, pelas mães que colocam o trabalho como prioridade e filhos em segundo plano, imaginando que com o resultado financeiro advindo do trabalho, estará dando a esse filho o melhor de tudo. Grande ilusão!
A distorção desses valores tem mostrado que temos crianças infelizes e despreparadas para enfrentarem uma realidade muito mais exigente do que parece.
Crianças que passam muito tempo longe da mãe muitas vezes desenvolvem um comportamento inseguro, pois a base da segurança vem da interiorização da figura materna e isso é feito na convivência profunda entre mãe e filho(a).
Pais que chegam tarde em casa e que convivem apenas de uma hora e meia a duas horas com filhos, têm dificuldade em discipliná-los por pena ou receio de se tornarem mal vistos por esses filhos, ou de parecerem antipáticos.
Deixando de discipliná-los como convém, esses filhos se tornam ditadores, manipuladores e autoritários. Como consequência disso, desenvolvem baixa resistência à frustração, pois não aprendem a lidar com situações que não são aquelas que eles planejaram. Em decorrência disso, tornam-se adultos infantilizados que na primeira dificuldade no trabalho, por exemplo, pedem demissão ou, na primeira crise em relacionamentos, “tiram o time”e procuram logo novos parceiros. Igualmente, na primeira crise dentro do casamento, incapazes que sempre foram em lidar com situações de dificuldade, escolhem o divórcio como alternativa mais fácil e menos desgastante.
O resultado disso é o que temos visto dessa geração que começou a surgir nos anos 80, com a chegada da mulher ao mercado de trabalho. Geração, essa hoje, com jovens de vinte e tantos anos vivendo relacionamentos precários e passageiros, com parceiros descartáveis e flutuantes.
Esquema de criação estabelecido décadas atrás que se estende e se perpetua ainda hoje, onde crianças de 3,5,8, anos etc… vivem situações semelhantes. Pouquíssimas mudanças aconteceram nas últimas décadas, e podemos considerar mudanças para pior. Afinal, o mundo competitivo exige atividades múltiplas… transformado essas crianças em adultos bem-sucedidos. Será?
Será o adulto bem-sucedido aquele gerente de alguma empresa, com inúmeras pessoas trabalhando abaixo dele, mas que fica estressado ao extremo, levando a crises de depressão, de agressividade, síndrome do pânico e com dificuldade em lidar com frustrações e medo da competitividade. E, como consequência, o isolamento e dificuldade de aproximar-se das pessoas que podem ser inimigas em potencial?
Hoje em dia, sabemos que um adulto bem-sucedido, é aquele bem equilibrado emocionalmente, que gerencia bem situações de frustração e não tem receio da competição, pois conhece bem sua tarefa, seu lugar e sabe disso por ter uma auto-estima equilibrada e saudável. É bom lembrar que auto-estima não se constrói aos 30 anos, mas é construída na primeira infância pelos pais que gastam tempo observando essa criança e acompanhando em detalhes a evolução de comportamento e personalidade, que aos 3 anos já está formada.
Exemplificando, se no meu projeto está a música e compro um violão, mas não tenho tempo de dedicar-me a esse projeto, o final será sofrível.
Criação de filhos exige renúncia, sacrifício e deixar de lado situações aparentemente prioritárias e engajamento absoluto no preparo dessa vida que um dia iniciou, na maioria das vezes, por escolha.
É necessário observar cuidadosamente se cada mãe em potencial se encaixa dentro da exigência da maternidade.
Caso não se encaixe, NÃO TENHA FILHOS! Nenhum ser humano merece ser negligenciado.
(http://artigosdepsicologia.wordpress.com)

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