Amar Demais... Um Erro!

Amar Demais... Um Erro!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Afetos Impossíveis

Conheço um sujeito que se apaixonou pela cunhada. Um dia começou a pensar nela antes de dormir. Pouco depois, percebeu que não via a hora de encontrá-la nas reuniões de família. Não que fosse uma beldade, ele me disse. Era apenas uma gordinha brejeira, diferente da pálida elegante que ele namorava. De tanto desejar a mulher do irmão, começou a imaginar que ela também o queria. Achou que percebia olhares, sorrisos, raspões de corpo na porta da cozinha. Um dia, meio bêbado no almoço de domingo, na casa dos pais, teve certeza de que ela tocava os pés dele embaixo da mesa. Uma loucura. 
Como não era personagem do Nelson Rodrigues, nem a vida dele uma tragédia suburbana, num dado momento o surto passou, antes que ele tivesse tempo de fazer qualquer loucura. De alguma maneira, percebeu que, em vez paixão, o que estava sentindo era puro assanhamento - explicável, em boa medida, pelos problemas dele com a namorada. Quando as coisas recomeçaram a funcionar na intimidade dele, a cunhada voltou a ser apenas a mulher sorridente e carinhosa que sempre fora. 
Por trás dessa história inofensiva existe algo que eu chamo de “afetos impossíveis”. O alvo desses sentimentos insolúveis pode ser qualquer pessoa, mas a situação é sempre a mesma: uma fantasia amorosa invade a nossa consciência e ocupa o espaço da vida real. Em vez de mandá-la para o ralo dos devaneios inconfessáveis, nós abraçamos a aberração. Então os problemas começam. 
Há homens maduros que se apaixonam pela filha do vizinho. Há professoras que ficam obcecadas por alunos adolescentes. Há garotas transtornadas por outras garotas que nada querem com elas. Até gente enamorada do amigo ou da amiga cabe nessa definição. O que liga todos esses casos é a ausência de esperança. O que os torna parecido é o fato de esporem os caprichos do nosso desejo. 
Nós queremos tudo, o tempo inteiro. Afeto, sexo, admiração, objetos. É um milagre de sanidade que a máquina de querer que somos nós consiga estabelecer com o mundo – e com outras pessoas transbordando de vontades – alguma relação civilizada. Na maior parte do tempo, mantemos sob controle o aparato desenfreado de querer. Aplicamos sobre ele o duro princípio da realidade. Eu quero, mas Fulana não quer. Eu tenho vontade, mas não posso. Já tentamos e não deu certo. São mecanismos racionais de defesa que funcionam. Secretamente ainda queremos, mas esses mecanismos nos ajudam a socar a vontade inconfessável no porão da alma, lá embaixo, onde só entramos escondidos uma vez por ano, geralmente bêbados. 
Quando permitimos que uma vontade assim escape do porão ela vira um afeto impossível, espécie de Godzila emocional destruindo o centro de Tóquio, que somos nós. Desejo pela cunhada, paixão pelo amigo gay, o impulso de procurar aquela mulher que agora está casada com dois filhos. Que tal escrever, de novo, para aquela pessoa que trata você como lixo? Ou reatar o romance destrutivo que pôs à mostra o que há de pior em você? 
Não é preciso ser tabu para ser um afeto impossível. Cada um de nós conhece melhor que ninguém o rosto do seu mostro e os contornos do porão sombrio de onde ele saiu. São desejos sem correspondência na realidade. Autoindulgências perigosas. Situações trágicas, no sentido de que o seu desfecho é mais ou menos inevitável desde o início. Coisas que nos machucam, e, no limite, são capazes de nos destruir. Quem se concede esse tipo de fantasia está fadado a dar com os burros n’agua 9,5 em cada 10 vezes. Mas muitos insistem em tentar. 
Afinal, hoje em dia vivemos para realizar os nossos desejos. Acreditamos que a satisfação das nossas fantasias é a única forma de felicidade - na vida material e nas relações afetivas. Em vez de cultivar o senso de proporção e de realidade, agimos, na vida amorosa, como consumidores afoitos para quem tudo está disponível. Acreditamos no triunfo do desejo mesmo que ele dispute com a lei da gravidade. 
Pois eu acho que os limites existem. Cunhada não pode, filha do vizinho é demais, gente maluca não dá. Quem apenas nos faz sofrer está fora da lista, paixão platônica por amigos é burrice, dependente químico precisa de médico. Nem tudo que desejamos é legítimo, afinal. Nem tudo pode. Um dia temos de aprender a dizer não para nós mesmos e olhar os erros de frente. Aprender com as decepções. Em vez de ilusão, realidade. Em vez de devaneio, mundo real. Os afetos impossíveis resultam em boas histórias do Nelson Rodrigues – mas são histórias que ninguém quer levar na própria biografia. 
(Por Ivan Martins http://epoca.globo.com)

terça-feira, 30 de julho de 2013

Minhas Queridas!!!


Queridas amigas e leitoras deste blog,  eu gostaria de agradecer a todas por lerem o blog, e fazer com que vocês se sintam um pouco melhor com algumas leituras encontrada aqui.
Esse blog foi criado em 2011 depois que levei um pé na bunda com a ajuda da minha amiga Fádhia, e também agora com a colaboração da minha amiga Gisele.
Ultimamente não tenho postado, porque me mudei pra Salvador e ainda estou sem computador em casa. Mas todas as solicitações de pedidos de livros eu recebo no meu e mail e envio assim que eu leio.
Este blog serve para reunir os mais variados temas sobre mulheres e amor de um modo geral, algumas coisas eu escrevo, outras eu pesquiso na internet e posto aqui.
Fiquem a vontade para me mandar e mail se quiserem conversar ou desabafar, meu e mail é andrezacavalera@hotmail.com
Um beijo a todas e não esqueçam:  Só Por Hoje!


Andreza Cavalera.

quinta-feira, 25 de julho de 2013


Distimia


Distimia é um tipo de depressão crônica, de moderada intensidade. Diferentemente da depressão que se instala de repente, a distimia não tem essa marca brusca de ruptura. O mau humor é constante. Os portadores do transtorno são pessoas de difícil relacionamento, com baixa auto-estima e elevado senso de autocrítica. Estão sempre irritados, reclamando de tudo e só enxergam o lado negativo das coisas. Na maior parte das vezes, tudo fica por conta de sua personalidade e temperamento complicado.

Sintomas
O principal sintoma é a irritabilidade, mas existem outros:
* Mau humor;
* Baixa auto-estima;
* Desânimo e tristeza;
* Predominância de pensamentos negativos;
* Alterações do apetite e do sono;
* Falta de energia para agir;
* Isolamento social;
* Tendência ao uso de drogas lícitas, ilicítas e de tranquilizantes.
Diagnóstico
O diagnóstico é eminentemente clínico. O dado mais importante a considerar é a manifestação dos sintomas durante pelo menos dois anos consecutivos.
Via de regra, os portadores de distimia desenvolvem concomitantemente episódios de depressão grave. Quando se recuperam, porém, retornam a um patamar de humor que está sempre abaixo do nível normal. A maior dificuldade é que raramente se dão conta do próprio problema. Acham que o mau humor, a falta de prazer e interesse pelas coisas e a tristeza que não dá trégua fazem parte de sua personalidade e do seu jeito de ver o mundo, e quase nunca procuram ajuda.
Diagnosticar o transtorno precocemente e introduzir o tratamento adequado é de extrema importância, uma vez que por volta de 15% a 20% dos pacientes tentam o suicídio.
Prevalência
A distimia pode aparecer na infância ou numa fase mais tardia da vida. O mais comum, porém, é que surja na adolescência. Há evidências de que muitos idosos já tinham manifestado sinais do transtorno na adolescência.
Na infância, acomete igualmente meninos e meninas. Depois, é mais prevalente nas mulheres do que nos homens.
Tratamento
A associação de medicamentos antidepressivos com psicoterapia tem apresentado bons resultados no tratamento da distimia. Isoladamente, um e outro não funcionam a contento. Embora os antidepressivos corrijam o distúrbio biológico, o paciente precisa aprender novas possibilidades de reagir e estabelecer relações inter-pessoais.
A psicoterapia sem respaldo farmacológico é contraproducente, porque cobra uma mudança de comportamento que a pessoa é incapaz de atingir por causa de sua limitação orgânica.
Recomendações
* Se você conhece alguém sempre de mau humor, irritado, pessimista, considere a possibilidade de que seja portador distimia, um distúrbio do humor para o qual existe tratamento, e tente convencê-lo a procurar assistência médica;
* Fique atento: a distimia, assim como a depressão clássica, pode acometer crianças e adolescentes. Às vezes, esses transtornos estão camuflados atrás do baixo rendimento escolar, do comportamento anti-social e do temperamento agressivo que não conseguem controlar;
* Se, nos últimos dois anos pelo menos, seus amigos e parentes têm comentando que você anda de cara amarrada, irritado, descontente com tudo e com todos, esteja certo de que isso não é normal, procure um médico;
* Não subestime os sintomas da distimia. Para aliviar os sintomas, é comum o paciente recorrer ao uso de drogas e de tranqüilizantes. Em 15% a 20% dos casos, surge ideação suicida;
* Não se engane: não atribua ao envelhecimento, a casmurrice, o mau humor e as queixas do idoso que só reclama e não quer sair de casa. A distimia pode acometer pessoas na terceira idade;
* Mantenha a adesão ao tratamento farmacológico e à psicoterapia. Os medicamentos ajudam a corrigir o problema físico e a  psicoterapia, a aprender novas formas de relacionamento.
(http://drauziovarella.com.br)

quinta-feira, 18 de julho de 2013


Tirinha


Livro - Escravas de Eros - Como Erguer Sua Autoestima e Se Libertar de Homens Complicados - Taty Ades



Este livro busca, através de uma linguagem de fácil compreensão, desvendar o processo da codependência afetiva nas mulheres. Este é muito doloroso e, às vezes, sem saber de onde ele surge, prosseguimos com nossas vidas atadas às pessoas problemáticas, sem ao certo entendermos o porquê e como fazer para nos desvencilharmos delas. Através de histórias reais e romanceadas, aprenderemos a identificar se existe esse padrão de comportamento em nós e, em caso afirmativo, como nos livrar deles. Helena, nossa protagonista, coloca um anúncio no jornal em busca de homens problemáticos para relacionamento sério e certamente encontrará vários. Descubra você mesma uma possível Helena latente em você e saiba como resolver seus conflitos junto com a nossa heroína. Nenhuma mulher suporta ser espancada, certo? Errado! Suportar difere muito do conceito de gostar, mas se suportamos homens doentes e problemáticos em nossas vidas, por que será que fazemos isso? Espero que você descubra e que esse seja o seu primeiro passo para conseguir uma vida saudável, com um homem sadio e merecedor do seu amor. O amor é incrivelmente belo, e saber amar, incrivelmente difícil!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Livro - Mães que Amam Demais - Frederico Mattos


O livro "Mães que Amam Demais" do psicólogo Frederico Mattos trata de uma realidade muito comum em muitas famílias: mães superprotetoras.
Descreve 20 características de uma mãe que sem saber pode estar aprisionando as melhores qualidades de seus filhos em nome de um amor apegado, dependente e exagerado. Questiona 9 mitos sobre o amor de mãe, o papel do pai no conflito e como os filhos se sentem ao lado dessa mulher que deu a vida em nome deles.
O livro começa: "Se toda mulher gostaria de encontrar o homem perfeito agora que se tornou mãe ela vai tentar o impossível. Para a criança isso pode custar caro demais.”
Finalmente dá valiosas dicas de como essas mulheres encontrarão um caminho de felicidade pessoal que liberte toda a família dos dramas do amor exagerado.

Eles amam demais: 3 histórias de homens que procuraram tratamento para amores doentios


Começam a surgir no Brasil grupos que acolhem os românticos patológicos e dão apoio. Nesses encontros, eles compartilham dolorosas histórias de submissão e humilhação sofridas enquanto viviam um relacionamento amoroso.


Werther é o nome fictício de um vendedor de livros paulistano de 32 anos. Ele pediu para ser identificado ao longo desta reportagem com esse pseudônimo, em alusão a um dos mais emblemáticos personagens românticos da história da literatura, o protagonista do livro O Sofrimento do Jovem Werther, do alemão Johann Wolfgang von Goethe, lançado em 1774. O romance, que segundo estudiosos tem traços autobiográficos, traz depoimentos sobre o exagerado amor que o rapaz sente por uma moça casada, Charlotte. Ao se dar conta de que a amada nunca será sua, Werther se suicida. O Werther brasileiro escolheu tal nome por identificar-se com o personagem. “Todas as vezes que me envolvo emocionalmente com uma mulher, me dou mal”, diz o rapaz tímido, tamborilando os dedos, af lito, na mesa de um café em São Paulo.
Nosso Werther, que só concordou em posar para a foto desta reportagem sem mostrar o rosto, teve sua primeira namorada aos 10 anos, mas experimentou uma paixão de verdade aos 12. No dia da sua festa de aniversário, a menina lhe deu um presente às avessas. “De repente, ela estava beijando meu amigo na minha frente”, conta. “Fiquei apenas triste, nem consegui sentir raiva dela.” Namoro terminado, ela mudou de escola e ele deixou de vê-la. Namorou outras tantas vezes, mas diz que não conseguia envolver-se tão profundamente. Quando tinha 16, a ex-paixão dos 12 anos mudou-se com a família para o bairro onde Werther morava. Ao reencontro, sucederam-se visitas de um ao outro e muitas tardes lado a lado. Até que o primeiro beijo aconteceu – e logo Werther se viu perdido de amor novamente. Mas, se para ele era um namoro, para ela não passava de aventura. Em um fim de tarde em que eles estavam conversando na porta da casa dela – sentados meio longe um do outro –, um homem, lá pelos seus 30 anos, desceu do banco de carona de um carro, parou diante da casa e convidou a menina para uma festa que começava naquele momento. Ela aceitou, se despediu de Werther com um aceno e desceu a ladeira da rua de mãos dadas com o desconhecido. “Aquela cena nunca mais saiu da minha cabeça. E, depois disso, virei uma pessoa triste”, diz. Os dias se seguiram sem que Werther soubesse que aquele rapaz com quem a amada partira era, na verdade, o noivo dela e que o casamento já estava marcado. Também não desconfiava que o rapaz que o perseguia e até tentara atropelá-lo várias vezes era o noivo traído. A perseguição chegou a tal ponto que os pais de Werther tiveram de intervir. Ao chegar em casa em um domingo, Werther se deparou com os personagens da trama no sofá de sua sala: a amada, a mãe dela, o noivo. Foi ali que soube de toda a verdade – e viu a tal namorada pela última vez. Todas as histórias amorosas de Werther que vieram depois têm enredo parecido. Em geral, ele sente um amor intenso e platônico por mulheres comprometidas que não lhe dão reais chances de envolvimento. “Amo tanto que sou capaz de deixá-las livres”, justifica-se. Mas é justamente esse sentimento excessivo que as oprime e espanta. “Quando me declarei para a última por quem me apaixonei, ela disse que o que eu sentia era demais para ela”, lembra Werther. “Dois séculos atrás, eu seria um poeta. Hoje, sou um doente.”
Há cerca de quatro meses, ele foi procurar uma terapeuta para tratar do que descobriu ser um mal contemporâneo. Werther sofre de amor patológico, na classificação dos psiquiatras. Ou seja, é um típico “hade”, ou homem que ama demais. Assim como suas correspondentes femininas, as “madas”, mulheres que amam demais, os hades têm um modo bem específico de se relacionar. “Para eles, amar o outro demais é amar-se de menos. Não importa o sexo, aqueles que se enquadram nesse perfil têm autoestima baixa e depositam todas as energias e expectativas no outro, pois, sozinhos, não se bastam”, analisa a psicanalista Taty Ades, autora de Hades – Homens Que Amam Demais (Editora Isis). “Assim, acabam procurando relações nas quais se tornam dependentes emocionalmente dos parceiros.”
Grupos de autoajuda de mulheres que amam demais já são antigos no Brasil. Mas ainda está começando a onda daqueles que acolhem homens dispostos a compartilhar suas experiências de relacionamentos destrutivos. A maior entidade que hoje os abriga e trata é a Codependentes Anônimos, que gerencia grupos em várias igrejas católicas do país. Nessas reuniões, homens e mulheres dividem histórias sobre relações tóxicas de todos os tipos. Pode ser um filho de uma mãe controladora, uma mulher que tem a vida cerceada pelo marido e também homens extremamente submissos e dependentes da mulher. Na Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, há um grupo voltado especificamente para o atendimento de homens e mulheres que amam demais. “Começamos nosso trabalho com dependentes químicos e percebemos que, muitas vezes, são as dependências emocionais que levam as pessoas às drogas e ao álcool”, afirma Victor Paulo Ramon, coordenador do projeto. Durante as primeiras seis semanas, homens e mulheres frequentam grupos diferentes – depois, se misturam. Segundo Victor, isso acontece porque eles se sentem intimidados na presença delas. “Até podem se abrir e chorar na frente de outro homem, mas não na frente de uma mulher”, diz ele.
Um dos fatores que ajudam a explicar a existência dos grupos de hades é o aumento do poder das mulheres na sociedade brasileira, que vem mexendo profundamente com os conceitos de masculinidade. Essa ascensão feminina está tirando os homens do seu posto soberano, o de provedor do lar, e minando, como consequência, a autoestima deles. Hoje, 37,4% das famílias brasileiras são chefiadas por mulheres, quase o dobro de 15 anos atrás. Outro ponto é que, mais educadas e ricas – e portanto mais livres –, já que estudam mais e trabalham em boas posições, elas ficaram mais exigentes. “As queixas relacionadas à vida amorosa estão entre as maiores angústias masculinas hoje”, diz o psiquiatra e psicanalista Luiz Cuschnir, especialista em questões masculinas. “Eles não conseguem atender às expectativas delas e se frustram.”
Além disso, o macho contemporâneo não demonstra mais tanta resistência ao falar dos próprios sentimentos – em particular, entre iguais – como no passado. “Está se permitindo desabafar mais e adota um discurso de paixão e dependência que, até poucos anos atrás, era tipicamente feminino”, explica a psicanalista Taty. Embora existam reuniões que podem frequentar, o principal espaço de encontro dos caras que sofrem de amor patológico é a internet. A comunidade do Orkut “Hades – Homens que amam demais” tem 2,7 mil membros e uma descrição: “Eles são humilhados, se culpam e sofrem, mas sempre justificam as atitudes da amada”. Os integrantes da comunidade contam como se sentem ao longo do dia e trocam mensagens motivacionais. Também há fóruns de discussão que cumprem igual papel.
Foi pesquisando na rede que o fotógrafo paulistano Maurício*, 49 anos, se descobriu um hade. Separado duas vezes, coleciona histórias de humilhação por parte de companheiras. Segundo conta, sua primeira mulher ganhava bem e ele, freelancer, ficava sem dinheiro em algumas épocas do ano. “Ela fazia questão de tornar pública minha miséria”, afirma. “Uma vez, fomos tomar sorvete com a família e eu não tinha um centavo no bolso. Pedi a ela que pagasse minha conta, de 4 reais, e ela se negou. Começou a gritar que, se eu não tinha dinheiro, que não tomasse o sorvete”, lembra Maurício, confessando que havia até agressão física em certas ocasiões. “Ela me batia. Quando ficava nervosa, me dava uns tapas.” Maurício decidiu pôr fim ao casamento quando a falta de respeito chegou a um ponto que considerava inaceitável: “No dia em que quitou nosso apartamento, abriu um espumante e disse que precisava conversar. Sacou um contrato de aluguel e falou que eu deveria pagar para ela todo mês”. Maurício saiu de casa.
Quatro dias depois, ele conheceu sua segunda mulher, 20 anos mais nova. “Foi paixão à primeira vista. Os sininhos divinos tocaram quando nos vimos e logo fomos morar juntos”, afirma. Maurício conta que os primeiros quatro anos do relacionamento foram saudáveis, até que ela fez uma viagem para o exterior. Lá, se apaixonou por um brasileiro e teve um caso com ele. Quando, à distância, Maurício descobriu a traição, a hoje ex pediu desculpa e disse que o amava. Perdoou. Mas ela voltou a se encontrar com o amante. Maurício descobriu novamente e a perdoou outra vez, desde que voltasse para casa. “Fui buscá-la no aeroporto com um balão em formato de coração e uma caixa de bombons. Quando ela saiu do saguão do desembarque, me deu um beijo no rosto e falou que estava cansada e queria ir para casa. Chegando lá, foi tomar banho. Entrei no chuveiro para fazer sexo oral nela e fui impedido. Disse: ‘Não faça isso. Transei com ele hoje de manhã’ ”, conta. Maurício chorou, gritou e xingou, mas perdoou a mulher outra vez. Quinze dias depois, f lagrou uma ligação para o tal amante no exterior. Perdoou de novo e a relação durou outros quatro anos. “No fim, não transávamos, ela não falava aonde ia e não atendia meus telefonemas.” Em 2012, ela terminou o casamento. “Fiquei surpreso, pois dizia que me amava.” Agora, namorando uma médica há um mês, ele torce para que a relação seja diferente.
Estudiosos dos hades são unânimes quanto à origem da carência emocional. Em geral, esses homens tiveram relações complicadas com a mãe e transferiram o complexo para a vida amorosa. “É um vício, e eles repetem o padrão”, afirma Taty. “Diferentemente das madas, que costumam se ater a um só homem e ter uma relação doentia com ele, os hades acabam dependendo de diferentes parceiras ao longo da vida”, completa Victor Paulo. Werther, o vendedor de livros paulistano, teme estar se apaixonando novamente por uma conhecida, de quem sabe apenas o nome. “Vai começar tudo de novo, estou prevendo”, diz, com os olhos cheios d’água.
(Por Maria Laura Neves http://claudia.abril.com.br)

sábado, 13 de julho de 2013


Citação

Amadurecer talvez seja descobrir que sofrer algumas perdas é inevitável, mas que não precisamos nos agarrar a dor para justificar nossa existência.

Martha Medeiros

Você precisa de homem pra viver?




Algumas mulheres precisam desesperadamente de um homem para viver. Não, isso não é coisa do tempo antigo. É mais atual do que você pensa. Tem mulher que é infeliz sem um homem ao lado. Outras precisam estar sempre apaixonadas.
Eu não preciso de homem pra viver. Na verdade, nunca precisei. Pra falar mais a verdade ainda, o único homem que precisei foi o meu pai. Ele me ensinou a andar de bicicleta, tentou, sem sucesso, me ensinar trigonometria (sempre fui péssima em matemática), me ensinou a ser honesta e justa. Com ele, aprendi a descascar laranja, tomar cerveja, gostar de cachorros, dar cambalhota, comer salada, organizar a mesada para poder comprar picolé no verão. Meu pai me deu apoio, suporte, abrigo e amor. Me ensinou a manusear um dicionário e me mostrou o que é certo e errado na vida. Aprendi que a gente tem que fazer por merecer e que não tem nada de errado se a gente não souber o que quer, desde que a gente saiba exatamente o que não quer de jeito nenhum. Meu pai pagou todas as minhas contas até eu sair de casa, inclusive minha faculdade. Uma vez, me apertei e pedi dinheiro emprestado. Quando fui devolver ele disse que não precisava, mas eu fiz questão. Coloquei nota em cima de nota e disse “me emprestou, estou devolvendo, aceita, pois se eu precisar de novo posso pedir”. Devolvi e me senti muito bem com isso.
Com o meu pai eu aprendi a ser gente. E a entender e aceitar que as pessoas são diferentes e precisam se respeitar. E que nem todo mundo tem que ter o mesmo gosto. E que nem sempre o jeito que alguém diz que te ama é o mesmo jeito que você fala e demonstra que ama. E que o mundo é grande demais, por isso a gente tem que correr. E que sempre vai existir alguém mais bonito e mais inteligente que você, assim como sempre vai existir um mais burro e mais feio. E que um abraço fala muito mais do que um monte de palavras. Eu acho que a gente precisa do pai quando é pequeno e depois que cresce. A gente precisa do pai até mesmo depois que ele morre. Mesmo longe, no céu dos pais, eles nos ensinam de alguma forma. Pai é uma figura eterna. E que nunca vai ser substituída. Por ninguém nesse mundo.
Eu não preciso de homem pra viver. Pago as minhas contas, sei trocar lâmpada, tenho vários cobertores, mato insetos e nem sempre consigo abrir potes de pepino em conserva. Mas tudo bem. Eu não preciso de homem pra viver. Não vejo problema algum em ir a eventos desacompanhada, ir ao cinema ou jantar sozinha. Eu não preciso de homem pra viver, mas ter uma companhia é bem melhor.
Dizem que o primeiro amor de uma menina é o pai. O segundo é um cara que vira o amor da vida. Ninguém tira o meu pai do meu coração. Nem o amor da minha vida. E quer saber? Acho mesmo que ninguém precisa de homem pra viver. Mas que a vida com eles fica bem melhor, ah, isso fica. É muito mais bacana ter com quem dividir a vida do que viver ela sozinha.

(http://revistatpm.uol.com.br)

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Citação

"E eu, finalmente, deixei de ter pena de mim por estar sem você e passei a ter pena de você por estar sem mim. Coitado." 

Tati Bernardi

É hora de se separar?


Uma separação, seja um fim de namoro ou um divórcio, pode ser umas das experiências mais emocionalmente desgastantes. Em um momento como este, emerge um turbilhão de emoções, dúvidas e conflitos. É uma transição da condição de "ter alguém" para a condição de viver a vida "sozinho". Diferente de outras habilidades que desenvolvemos com a experiência, parece que experiências de término de relacionamento não tornam as seguintes mais fáceis de lidar.
Mesmo nos casos em que se constata que o relacionamento se tornou muito ruim, virar a página não costuma ser algo tão simples quanto gostaríamos. Afinal de contas, há uma história que foi construída a dois e onde foi feito um grande investimento de afeto, energia e tempo. Nossa própria identidade se liga a uma identidade de casal, onde são compartilhados hábitos, familiares, amigos e muitas vezes também filhos e um patrimônio. A ideia de abrir mão desta ligação, com toda a incerteza do que vem pela frente, não é propriamente a sensação mais confortável do mundo. Nem para quem é deixado e nem para quem decide terminar.
Os questionamentos são inevitáveis: "Será que eu estou realmente fazendo a coisa certa? Será que ainda vale a pena tentar? Ainda temos juntos coisas boas o suficiente para fazer isso dar certo? Será que vou encontrar outra pessoa com quem eu possa ser feliz novamente? E se depois eu descobrir que foi um erro?" A dificuldade para se achar certas respostas vem da dualidade desta vivência. Pode haver um tipo de conflito em que o relacionamento parece ser, simultaneamente, bom demais para se desistir e ruim demais para se insistir. Por um lado, não queremos jogar fora uma relação que ainda tenha algum valor. Por outro lado, existe vida depois da separação e ela pode ser realmente melhor (para ambos).
Mesmo que não tenhamos respostas satisfatórias para os nossos questionamentos, muitas vezes chega a hora em que somos obrigados a colocar os elementos na balança e tomar uma decisão. Para grande parte das pessoas, tomar a iniciativa de terminar um relacionamento é uma das coisas mais difíceis que se pode pensar em fazer, pois é algo que pode afetar profundamente as vidas das pessoas envolvidas.

"Descobrir a insuportável e delicada memória que teve um fim, não um final feliz. Ainda que a dor arrebente, ainda é melhor assim." (Fabrício Carpinejar)

Então, como tomar esta decisão com maior segurança, minimizando o impacto e o risco de arrependimento? Procurei agrupar algumas das questões mais relevantes sobre o assunto em 5 pontos para reflexão.

Parceria
Quando passa a fase inicial da paixão avassaladora, é fundamental para a relação que haja uma base de parceria, com diálogo aberto, compreensão, dedicação e compartilhamento de atividades e interesses.
Se vocês já não conseguem mais estar na mesma página, não sendo capazes de apreciar a companhia um do outro, nem de se divertirem juntos, então é difícil imaginar uma continuidade saudável para o relacionamento.
Afetivamente, não faz sentido manter um namoro ou casamento onde não se consegue ter uma boa amizade com o outro.

Intimidade
O ser humano, assim como muitos outros animais, possui uma extrema necessidade de contato físico. Tocar e ser tocado é uma demanda essencial em nossas vidas. A pele é não só o maior órgão do corpo humano, como também nosso meio físico de contato com o mundo. Assim sendo, fica fácil imaginar a importância da intimidade e vida sexual para um relacionamento.
Deve-se preservar as manifestações de intimidade na relação, como o toque, carinho, beijo e sexo (com penetração ou não). É absolutamente normal que haja altos e baixos ao longo do tempo e que em relacionamentos de longo prazo a frequência sexual não seja a mesma do início. No entanto, é importante prestar atenção aos níveis de satisfação de ambos os lados, reparando não apenas no sexo propriamente, mas no contato físico de modo abrangente.
Um relacionamento pode chegar a ter pouco ou nenhum sexo, variando o impacto disto para cada casal. O que está em jogo não é uma regra de frequência, mas sim avaliar se estabeleceu-se uma condição de insatisfação sexual, infelicidade e acomodação. É um quadro frequentemente reversível, mas somente se a busca por uma recuperação mobilizar ambas as partes do casal.

"O casamento é como uma longa viagem em um pequeno barco a remo: se um passageiro começar a balançar o barco, o outro terá que estabilizá-lo; caso contrário, os dois afundarão juntos." (David Reuben)

Respeito
Conta-se a história de que se você jogar um sapo na água fervente ele pulará para fora imediatamente. Mas se você colocar este sapo na água fria e for esquentando-a gradualmente, até ferver, o sapo irá se acostumando e permanecerá na água até cozinhar e morrer.
Apesar de não sermos sapos, esta história guarda analogia com a nossa dificuldade maior para perceber mudanças graduais do que mudanças súbitas. Por conta disso, muitos casais acostumam-se gradualmente com uma rotina de desrespeito, com ridicularizações, constrangimentos públicos, agressões verbais e até mesmo agressões físicas.
Quando acaba o respeito entre um casal, não há mais espaço para uma relação saudável. Além disso, em casos extremos, pode estar ameaçada a integridade física ou até mesmo a vida de algum dos envolvidos, como nos mostram os tantos casos de crimes passionais.

Expectativas
Outro aspecto importante diz respeito ao alinhamento das expectativas do casal. Há diálogo e feedback? As expectativas de um em relação ao outro são manifestadas e atendidas na medida do possível? Há predisposição das partes para mudar pontos que deixam a desejar?
Ninguém deve chegar ao extremo de se anular e viver em função de outra pessoa. Mas quando deixa-se de se importar com o outro, em relação às suas expectativas e sua satisfação, talvez já não haja mais um casal, mas apenas duas pessoas mantendo um convívio.

Planos
Um relacionamento é, em certa medida, uma jornada conjunta. Por isso, é importante que haja alguma afinidade de destinos a se alcançar. Há planos em comum? Você se imagina com esta pessoa daqui a 1, 5 ou 10 anos? Como se sente ao imaginar isto?

Conclusão
Todos os relacionamentos passam por oscilações e fases onde alguns destes pontos podem estar apenas provisoriamente abalados. Qualquer avaliação destes aspectos deve buscar sua validade ao longo de certo tempo, não subitamente em um momento de crise pontual.
Espero que a reflexão sobre os pontos acima aumente a visibilidade do contexto, dando mais segurança para uma avaliação acertada.
Cabe também lembrar que um casal em situações de conflito pode se beneficiar bastante de um suporte psicoterapêutico, seja através de uma terapia de casal ou individual.

(Por Edwin Karrer - http://www.sobrepsicologia.com.br)
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